Calendário 2010

Calendário 2010

quinta-feira, 30 de abril de 2009

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA-SÉRIES/INICIAIS
PROJETO IRECÊ CICLO DOIS 2009.2
ATIVIDADE N° 2216: ALFABETIZAÇÃO
PROFESSORA: GEOVANA ZEN
ORIENTAÇÃO: SOLANGE MACIEL
CURSISTAS: GICÉLIA BATISTA NUNES , ARIANDENES E MARIA LEIDE NERES


INTRODUÇÃO

“A escola não alfabetiza, ela dá continuidade a um processo de alfabetização já em pleno desenvolvimento”.
(Paulo Freire)

Aqui está um trabalho feito após a reflexão de uma atividade proposta pela professora Geovana Zen, na oficina de alfabetização para a aplicação de um diagnóstico em uma turma de 1º ano do Ensino Fundamental 1 na sala da professora Joselia Barreto Nunes, turma com 23 alunos. Essa turma é de alunos de uma escola de bairro periférico, a Escola Municipal Paraíso, que fica localizada no bairro Paraíso, a uma distância de aproximadamente 3 Km centro da cidade Irecê no estado da Bahia.

É uma turma composta por alunos, que na sua maioria ainda não tinha frequentado a escola sendo este, o primeiro ano na escola. Assim, para se planejar um trabalho que de fato fosse significativo, foi aplicada inicialmente uma avaliação diagnóstica toda a turma. A avaliação consistia em uma produção de uma lista de brinquedos e uma frase. A lista seria feita com lista de brinquedos conhecidos por eles. A frase era formada com nome de um dos brinquedos que fazia parte da lista. Era uma avaliação diagnóstica sem intervenção, para que fosse mapeada com fidedignidade as hipóteses de leitura e escrita de meninos e meninas, pois eles tanto produziam, como também tinham que ler. Pois, o diagnóstico tem como características bases três aspectos que podemos destacar como necessários para uma prática de sala de aula significativa. Os aspectos segundo uma das Coordenadoras Pedagógica da rede municipal de Irecê resumem-se em:

O diagnóstico permite identificar os conhecimentos prévios dos alunos para que se possa avaliar/reavaliar/planejar/replanejar para uma prática pedagógica mais significativa. O diagnóstico é um instrumento que deverá ser usado a cada nova etapa de trabalho é o elemento que dá as coordenadas para o planejamento, formação e avaliação. É o instrumento que norteará todo trabalho do educador lhe indicando os aspectos a serem priorizados.

O mapeamento das hipóteses de escrita e leitura foi representado em uma tabela com os resultados das produções da avaliação diagnóstica. Dos 23 alunos que foram avaliados diagnosticamente 02 crianças encontravam no nível Alfabético, pois já realizavam sistematicamente uma análise sonora das palavras que escreviam, verificamos também que eles já conseguiam distinguir o que são letras, sílabas e palavras, identificando frases curtas; 06 estavam no nível silábico alfabético, visto que neste nível a criança conhece todas as letras do alfabeto, mas poderá colocar qualquer letra para algumas sílabas, deixando a palavra com escrita confusa, não apresentando forma fixa para escrita; 04 estavam com o nível silábico sem valor sonoro, pois sua leitura e escrita é silábica, porém ainda não realizavam sistematicamente uma análise sonora das palavras que escreviam; 03 encontravam-se com o nível silábico com valor sonoro, apresentavam a segmentação quantitativa das palavras, tantos sinais gráficos quanto as vezes que se abre a boca para pronunciá-las, apresentando uma letra em cada sílaba, demonstrando seu valor sonoro;
08 desses alunos estão com o nível pré-silábico apresentavam uma escrita sem dar importância ao registro sonoro do que foi proposto para a escrita. A escrita dos alunos pré-silábicos são riscos típicos do ambiente alfabetizador, então percebemos que sabe que as letras servem para escrever, mas ainda não sabe como isto acontece, ou seja, não consegue formar claramente as sílabas e palavras, sendo que desses alunos,
05 estavam escrevendo pré-silábico indiferente, sem noção da quantidade de letras usarem, então escreve sem parar aleatoriamente;
03 já possuem uma escrita diferenciada, isto é, já compreende o sistema de escrita que, palavra pequena escreve com menos letras e assim por diante.

TABELA DE HIPÓTESES DE ESCRITA

A ESCRITA
“ (…) não é um mero acessório.
Não é apenas um “vestígio” ou uma
“pegada”; é o suporte
da construção de uma caminhada.”

(Hesbeen, 2000)


Depois do mapeamento das hipóteses de escrita e leitura dos alunos, elaboramos o planejamento de uma aula com agrupamentos produtivos tendo como objetivo, levar as crianças a refletirem sobre o sistema de escrita, possibilitando desenvolver nos alunos habilidades leitoras e escritoras.

Depois de realizar a avaliação diagnóstica, faz-se necessário que o professor identifique os saberes relacionados a escrita e a leitura de seus alunos logo no início do ano letivo. Esse levantamento é passo fundamental para organização das rotinas das salas de aula, assim como para o planejamento das intervenções do professor. Entretanto esse tipo de registro instrumentaliza o professor na identificação de como esses alunos iniciaram o ano letivo considerando posteriormente, seus avanços ou dificuldades. Segundo um trabalho não publicado de uma Coordenadora Pedagógica da Rede Municipal de Educação de Irecê “Dia-gnóstico é um instrumento de avaliação que não se deve aplicar, mas servir-se, lançar mão, utilizar-se dele para o acompanhamento de todo processo ensino aprendizagem.” (ROCHA, 2008, slide nº 05)
A professora Joselia Barreto, ficou feliz com a atividade desenvolvida em sua turma, pois a mesma relata que mesmo em seu primeiro contato alunos e alunas do grupo 06, esta atividade possibilitou a identificação das hipóteses de escrita e leitura através do mapeamento, para então traçar estratégias significativas para o avanço da turma.



Escola Municipal Paraíso
Caminho 17 s/n
Fone: (074)36411052
E-mail:escolaparaiso2006@yahoo.com.br


PLANEJAMENTO DE AULA


AULA DE AGRUPAMENTOS PRODUTIVO

TURMA
G- 06 (1º Ano do Ensino Fundamental de Nove Anos)

TEMPO PREVISTO
50 minutos

ATIVIDADE
Escrita e leitura "sistema de escrita"

ÁREA
Lingua Portuguesa

CONTEÚDO
Alfabeto
Produção de leitura
Produção de escrita

v OBJETIVO
· Que as crianças reflitam sobre o sistema de escrita,


ENCAMINHAMENTOS

Consigna


Hoje vocês irão trabalhar com uma atividade muito legal, na qual vamos agrupá-los com colegas, para realização da atividade proposta, será um ajudando o outro certo? No entanto, serão três tipos de atividades, todas com um texto bem conhecidos de vocês, "pirulito". Alguém aqui desconhece essa música? Que bom que todos vocês aqui conhecem. Então vamos realizar a atividade e as professoras estarão passando perto de cada grupo para esclarecer qualquer dúvida, combinado?




AGRUPAMENTO PRODUTIVO

Alunos Silábicos Alfabético com silábicos com valor sonoro

Possíveis Questionamentos


Leiam novamente essa palavra. É essa mesma que você precisa? Com que letra começa?
Vamos relembrar a música. "Pirulito que bate bate" Que palavra vem em seguida?
Então vamos lá, é isso mesmo. Qualquer dúvida cante a música baixinho para relembrar. Todas as palavras que compõe a música estão aí. Lembram que não pode sobrar e nem faltar nenhuma palavra.


Alunos Silabicos Alfabético com Alfabético

Possíveis Questionamentos


Vocês estão recebendo todas as letras que formam essa música. Será necessário vocês lembrarem que não pode sobrar e nem faltar nenhuma letra. Pensem, não está faltando nenhuma letra? Leiam novamente essa palavra. Todos concordam com a escrita dela? Muito bem, então vamos pra a próxima palavra. Ótimo! Eu sabia que vocês conseguiriam.



Alunos Pré-Silabicos com Silabico sem valor sonoro

Possíveis Questionamentos

Bom vocês estão com três conjuntos de letras para montar a música apresentada. Vamos todos participar, podendo um colega ajudar o outro. Com que letra começa essa palavra? E onde está essa letra? Será mesmo essa letra? Falta mais uma letrinha? O que vocês acham?

AVALIAÇÃO

A avaliação foi através da participação da turma, observando as hipóteses que cada um se encontrava levando em conta a capacidade do raciocínio lógico, análise das reflexões sobre o sistema da escrita considerando o mapeamento feito através dos diagnósticos.


Na semana seguinte realizamos a atividade de agrupamentos produtiva com três tipos de atividades diferenciadas. As características concretas do alunado são importantes, pois como se trata de atividades que são realizadas em agrupamentos, saber o que os alunos já dominam é fundamental para organizar bons agrupamentos.


Decidimos trabalhar com a “música ‘pirulito” por ser um texto do conhecimento das crianças, onde agrupamos alunos silábico alfabéticos com silábicos com valor sonoro, ficaram dois grupos de 03 crianças com a montagem da música em palavras soltas, um grupo de 04 crianças, alfabéticos com silábicos alfabéticos e 03 grupos de alunos pré-silabico com os silábicos sem valor sonoro.

O que mais nos chamou atenção foi o quanto um tipo de atividade como essa leva a criança a refletir no processo de escrita com o colega. Mostrando o que é a aprendizagem colaborativa, participativa e coletiva. A aluna K. S. com a hipótese silábica com valor sonoro estava procurando a palavra "gosto" dizendo começar com a letra "o", só que L. X. muito esperta estando silábica alfabética, encontrou a palavra e disse: Gosto começa com "g", enquanto isso, a aluna ficou olhando para a palavra, falando baixinho, repetindo várias vezes, observando o valor sonoro saindo da sua boca.

Em relação ao processo de construção do sistema de representação da escrita e dos aspectos gráficos pelas crianças, é importante que o professor, busque compreender e valorizar o nível em que as crianças se encontram, questionando, criando conflitos, tanto por meio de perguntas, quanto na própria organização dos materiais com os quais as crianças irão trabalhar. Assim, as crianças não precisam pensar na sua estrutura e organização, concentrando-se nas letras que necessitam usar para formar palavras.

A aprendizagem da leitura e da escrita é de grande importância na vida da criança, para que esta adquira conhecimentos posteriores mais significativos e, cabe à escola propiciar um ambiente alfabetizador. Dos 23 alunos presentes, somente um aluno se recusou em participar da atividade proposta, mas com insistência conseguimos inseri-lo ao grupo adequado a sua hipótese de escrita e leitura, apenas entretendo com as letras. Esse grupo ficou com três conjuntos de letras.

Apresentamos a atividade através da consigna, depois que organizamos eles em grupos distribuímos os três tipos de atividades, também nos chamou atenção a questão dos agrupamentos e distribuição das atividades diferenciadas porque em momento algum questionaram o porquê da atividade diferenciada.

Sempre trabalhamos com grupos maiores e é comum quando oferecemos atividades diferenciadas eles recusarem a fazer, questionando o porquê da diferença, talvez seja pela idade, que crianças de seis anos pode ainda não fazer esse tipo de comparação. Na realização da atividade alguns grupos demonstraram algumas dificuldades, por não compreender e interpretar o sistema de escrita como é o caso dos pré-silabicos com os silabicos sem valor sonoro.

No momento em que detectamos essas dificuldades, propomos que eles fizessem da forma que eles sabiam, usando intervenções com alguns questionamentos como: Quais as letras aqui presente que vocês conhecem? Então vamos lá, com que letra começa a pirulito? Quais letras vocês precisam para montar essa palavrinha? Vamos falar a palavra observando o som? Que letra tem esse som inicial? Entre outros. Depois das intervenções, os três grupos participaram ativamente da atividade, porém não conseguiram montar o texto corretamente, utilizavam mais letras do nome deles. O mais interessante que achamos é que também os alunos não entravam em conflito pela diferença das letras utilizadas no nome da cada um. Nada mais apropriado do que o poema intitulado Aula de Leitura de Ricardo de AZEVEDO (1995, p. 41-42) para ilustrar essa idéia:


A leitura é muito mais
que decifrar palavras.
Quem quiser parar pra ver
pode até se surpreender:
Vai ler nas folhas do chão,
se é outono ou se é verão;
nas ondas do mar,
se é hora de navegar;
e no tom que sopra o vento,
se corre o barco ou vai lento;
e também na cor da fruta,
e no cheiro da comida,
e no ronco do motor,
e nos dentes do cavalo,
Uma arte que dá medo
a de ler um olhar,
pois os olhos têm segredos
difíceis de decifrar.

No caso de leitura, a atividade trabalhada nessa aula é de fundamental importância para a sua formação leitora, ajustamos a leitura ao texto que já conheciam de memória (que foi a letra da música pirulito). É uma atividade que requer uma atenção toda especial por parte do professor alfabetizador, porque é necessário dar atenção a todos os grupos com intervenções dinâmicas e inteligentes. Segundo FREIRE, “a leitura de mundo precede a da palavra” (1985, p.11), com isso querendo alertar para o respeito que devemos ter com essa leitura de mundo de nossos alunos, pois esta se inicia muito cedo, antes mesmo de aprender a decifrar o código, o professor propondo problemas ao aluno, lançando novas questões, sistematizando o saber construído, os alunos buscando resolver problemas, desafios, mobilizando instrumentos já conhecidos, experiências vividas, sem a intervenção direta do professor. Nesse sentido, ensinar é planejar a intervenção, realizá-la e refletir sobre ela, de modo que o aluno aprenda sendo sujeito da construção de seu próprio conhecimento, na interação com os professores e os colegas.


Ainda nos fala Freire1985, chamando atenção para a idéia de que, desde o início da vida, o homem capta, através dos sentidos, o mundo a sua volta e estabelece com ele interações: os sons, cheiros, sabores, texturas, imagens que fazem parte do universo que está a sua volta , constituindo-se no processo de leitura, para ele, se o contexto que envolve a criança for rico em informações e dinâmico, provocador de novas situações estimulantes para se comunicar, mais preparada estará para o processo efetivo de alfabetização.

Tudo isso colabora para aguçar a percepção das coisas e contribui para essa leitura que antecede à da palavra escrita, foi o que presenciamos ao desenvolver essa atividade.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Faz-se necessário destacar que, embora seja muito importante, a linguagem escrita não deve ser o único aspecto a ser privilegiado nas propostas pedagógicas das escolas no seu trabalho com as crianças que ingressam aos seis anos no ensino fundamental. Provavelmente há diferenças individuais no grupo em relação ao conhecimento, mesmo estando à criança no mesmo nível de escrita e leitura, com esse tipo de atividade a aprendizagem podem ser esperados e o que precisa ser enfocado com intensidade durante o processo, visando o alcance dos objetivos propostos.

Antes de iniciar a aula, ficamos um pouco apreensivas diante de tamanha diferença de habilidades, acreditando não conseguir alcançar o objetivo da atividade proposta "Levar o aluno refletir sobre o sistema de escrita", porém os resultados foram totalmente inesperados. No entanto, percebemos que os problemas e dificuldades são constantes nas escolas, porém ficamos angustiadas com os resultados do diagnóstico, mas ao mesmo tempo satisfeitas com a realização das atividades, sabendo que contribuímos com o trabalho da professora Joselia Barreto, pois ali entregamos o mapeamento do diagnóstico e juntamente sugestões de atividades com agrupamentos produtivos, uma vez que, apesar de tratando-se de escolas pública, que atende um público de classe baixa, vimos que este aspecto tem pouca interferência nos avanços da aprendizagem, principalmente nas Escolas da Rede Municipal de Irecê, pois, os professores têm desempenhado um excelente trabalho pedagógico, demonstrando entusiasmadas na melhoria do processo educativo, envolvendo todos os alunos tanto nas atividades de escrita como nas atividades de leitura, através de poesias, gravuras, músicas e dinâmicas diversificadas, respeitando a faixa etária e o nível de aprendizagem de cada criança.

Acreditamos que transformação é possível e que a escola pública ainda é a “porta” de entrada da camada social baixa, para alcançar uma posição social mais estável. Haja vista que, a maioria das crianças demonstra determinação em aprender, pois, no momento da aplicação das atividades práticas, todos queriam participar de forma espontânea, esforçando-se para fazer o melhor dentro de seus limites. Então, podemos dizer que é necessário estabelecer um processo de interação entre a escola e a família para que juntos possam contribuir para uma aprendizagem realmente prazerosa e significativa. Nessa fase, é muito importante ressaltar que sejam desenvolvidas propostas voltadas para a construção da autonomia da criança, na perspectiva do autocuidado; para a vivência dos movimentos no espaço, estruturando sua corporeidade; para a exploração do mundo físico e social.

O desenvolvimento do processo da leitura e da escrita é de fundamental importância nas classes de alfabetização, pois a partir do momento em que a criança começa a ler e escrever passa a ter uma nova maneira de interpretar fatos que acontecem no mundo em que vive. Antes mesmo de a criança saber ler socialmente, ou seja, ler como as pessoas alfabetizadas, já observa, pensam e vão adquirindo concepções individuais a respeito dos símbolos lingüísticos. Tais concepções serão muito importantes para desenvolver a consciência do valor social da língua, que começam a ser construídas desde o nascimento. Assim, diante de toda discussão e pelo que percebemos nas atividades analisadas, no que precisamos fazer para desenvolver cada atividade, no papel desenvolvido por cada um é possível sim alfabetizar uma turma.




REFERENCIAS

AZEVEDO, Ricardo. Dezenove Poemas Desengonçados. São Paulo: Ática, 1998, p.41-42
FRIERE,Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1985. pag .11 .





Estudo da crônica

Da importancia do diploma

(Estadão 2002)


Ler bem pode ajudar a viver, porque o sujeito se informa, seidentifica, se transforma, principalmente, se anima. Mas o que leva as pessoas a escrever é uma angústia diferentedessas: a angústia de riscar um destino, interferir na história,se colocar no campo de jogo.

Bernardo, 2000


JUSTIFICATIVA


Por ser uma crônica, que apresenta uma linguaguem de fácil compreensão, levando em conta que os alunos do 4º ano não estão habituados a trabalhar com essa tipologia textua e acreditando que, o trabalho com crônica será um veículo por meio do qual o leitor desfrutará de um roteiro imaginário, viajando num cenário real e crítico da nossa sociedade, descobrindo em nele habilidades leitoras e escritoras. Entretanto, selecionei algumas crônica que tivesse assuntos contextualizado com fatos reais, e escolhi a crônica Da Importancia do Diploma de Estadão.

Temática: É uma crônica voltada a uma crítica feita a compra de diploma e regalias oferecida no Brasil aos marginais com nível superior.

Característica: É um diálogo de mãe e filho, com elementos predominantemente narrativos de linguaguem clara e objetiva com fatos relacionados a desigualdade social num tom político que mistura humor e crítica. “O diploma é importante meu filho, porque se você for preso e tiver diploma, você não fica com os bandidos. Você fica numa sala especial, com geladeira, televisão e telefone, sozinho. _Mesmo se for bandido? _Mesmo se for bandido. Principalmente. _Entedeu? Tendo um diploma_de qualquer coisa, de qualquer faculdade_, você tem previlégios”. É um texto polêmico, onde o tema discutido provoca o leitor a discutir comportamento humano em relação ao contexto de fatos reais da sociedade atual.

O texto possibilita um trabalho de forma produtiva com um riquíssimo debate para melhor compreensão de Pluralidade e Direitos, Organização Política e Pluralidade, Respetio Mútuo, Justiça e Pluralidade e Educação. Alguns trechos provoca o leitor a posicionar-se diante de algumas questões abordadas interagindo com outras áreas de conhecimento.


PLANO DE AULA


Escola Municipal Paraíso

Turma: Grupo 10 5º ano

Atividade:Crônica (Da importancia do diploma)

Conteúdo:

Tipologia textual;

reescrita;

desigualdade social.

OBJETIVOS:

- Proporcionar a leitura crítica, do gênero crônica em sala de aula;

- Provocar um debate sobre o tema abordado;

- Compreender o contexto entre a temática explorada e a realidade cotidiana.

- Reescrever a crônica.

DESENVOLVIMENTO DA AULA:


A aula iniará com alguns questionamentos: Para que estudamos? Quem sabe o que é um diploma e para que serve? Na sua opinião, qual a diferença de quem tem um diploma para quem não tem?

Distribuir a cópia da crônica “Da Importancia do Diploma de Estadão” para todos os alunos.

Solicitar que um aluno se disponibilize a fazer a leitura compartilhada, provocando a turma quanto aos questionamentos antes da leitura, gerando discussão sobre o tema abordado no texto.

Em seguida, sugerir aos alunos que releia o texto, com o intuíto de descobri qual a tipologia textual, e quais as característica que nos leva a tal resposta. Será importante que o professor discuta com os alunos a forma breve e sutil com que Estadão apresenta estes elementos em seu texto. Para tanto, poderá ser lançado mão do tema enquanto conteúdo, utilizando apenas como ponto de partida para reflexões dos alunos sobre o tema enfocado

Propor aos alunos a reescrita do texto lido abordando o conceito da crônica,as críticas feita a compra de diploma e regalias oferecida no Brasil aos marginais com nível superior, além do conhecimento acerca da estrutura social e seus problemas, da responsabilidade nas relações sociais, da importância da participação ativa da sociedade, enfim, conceitos de ética e cidadania que foram discutidos durante o percurso da aula.

AVALIAÇÃO

A avaliação será feita através da participação do debate dos alunos e de suas reescritas, observados pelo professor aplicador da atividade.


RELATÓRIO DA AULA


No desenvolvimento do processo de leitura, em situação escolarizada, é preciso criar situações que permitam aos alunos a constatação, a reflexão e a transformação dos significados, a construção e a reconstrução das idéias do autor através do cotejo dessas idéias, para se chegar à conclusão de que as idéias do autor podem conter vários sentidos possíveis. Nas séries iniciais é possível ir criando possibilidades de construção dos significados através da leitura de textos variados. Não resta a menor dúvida de que é função primordial da escola desenvolver leitores competentes” (Oliveira, 2005, p. 124).

Para aprender a ler, para gostar de ler, é necessário que estejamos todos disposto e expostos a situações de leitura em um ambiente letrado. É preciso descobrir o mágico mundo da leitura por prazer, assim como ler para aprender, para se informar, estabelecendo relações contextualizadas com a realidade pessoais do que lemos.

A atividade aplicada na sala de aula com a crônica de Estadão “Da Importancia do Diploma” em uma turma de alunos do 5º ano do Ensino Fundamental de Nove anos alunos com faixa etária de idade de10 à 13 anos, na Escola Municipal Paraíso, com o objetivo de proporcionar a leitura crítica, do gênero crônica em sala de aula; provocar um debate sobre o tema abordado; compreender o contexto entre a temática explorada e a realidade cotidiana reescrevendo a crônica.

Confesso que antes não tinha trabalhado essa tipologia textual, por achar complicado para séries da forma que somos acostumamos a trbalhar em sala de aula, não pensando em estratégias que despertassem nas crianças questões que se sentissem desafiados, na qual utilizei uma dinâmica e me surpreendi com o envolvimento da turma e os resultados colhidos com essa atividade. Quando iniciei, levantando os questionamentos acerca da temática da crônica foi com o intuíto que os alunos opinasseem sobre o tema demonstrando seu entendimento de mundo. Achei muito interessante a forma que eles se colocaram sem saber o por quê dos questionamentos, muitas respostas surgiram, onde fui registrando: “Estudamos para aprender, para ser educado, para se formar, para fazer uma faculdade. O diploma serve para arrumar emprego, para ser inteligente e educado, para arrumar dinheiro. Quem tem estudo pode mais e é feliz de que quem não tem, que é mais respeitado”... Como afirma SOLÉ(1998), a formulação de perguntas sobre o que vai ser lido ajuda a melhorar a compreensão. Além disso, diz a referida autora:

Quando os alunos formulam perguntas pertinentes sobre o texto, não só estão utilizando o seu conhecimento prévio sobre o tema mas também – talvez sem essa intenção – conscientizam-se do que sabem e do que não sabem sobre esse assunto. Além do mais, adquirem objetivos próprios, para os quais tem sentido o ato de a ler. Por outro lado, o professor pode inferir das perguntas formuladas pelos alunos qual é sua situação perante o texto e ajustar sua intervenção à situação.

(SOLÉ, 1998).

No momento que realizamos a leitura, eles riam e falavam: “_ Essa mãe é muito é doida._ Ei, pró isso é verdade?_Quero saber que fica preso de todo jeito não é? Só que era para sofrer igual os outros. É tudo bandidão”. Foi uma discussão produtiva e ampla sobre injustiça social, desigualdade e desonestidades.A atividade nos possibilitou a interdisciplinaridade com outras áreas do conhecimento, contemplando o PROJETO VIAJANDO NO MUNDO DA LEITURA E ESCRITA, um projeto que está sendo desenvolvido na escola, desde o ano passado sendo um projeto permanente da escola, para desenvolver no aluno habilidades leitora e escritora.

Diante dessas reflexões, percebi que uma boa estratégia de leitura para envolver os nossos alunos ao mundo da leitura é trabalhar com textos que promovam prazer e possibilidades de interdisciplinaridades. Partindo dessa idéia, foi possível escolher a crônica, haja vista que esse é um gênero que possibilita a fazer relação com o nosso cotidiano, na maioria das vezes utilizando o humor, ampliando a nossa visão das coisas, fazendo-nos conferir, refletir e entender melhor através das suas narrativas. Esta atividade veio contribuir para mais envolvimento na leitura, inclusive a leitura da biblioteca móvel, em que pegam livros, revistas e outros textos, livremente, sem cobrança dos professores, exercendo a autonomia.

Aproveitando o envolvimento da turma propus que reescrevessem a crônica trabalhada, agora em quadrinhos ilustrando com um cenário imaginário. Apareceram cada ilustração, com uma criatividade, na qual me despertou a propor mais esse tipo de atividade. Acredito que após familiarizarem com essa tipologia, os alunos irão produzir os seus próprios textos, que serão apresentados no encerramento desse projeto, como foi citado anteriormente, atendendo o cronograma do mesmo.













sexta-feira, 24 de abril de 2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009

terça-feira, 14 de abril de 2009

Software para a
vida


Este programa é ótimo para
instalarmos.
O melhor de tudo é que podemos copiá-lo e
distribuí-lo à vontade.

Alô, é do Setor de "Atendimento ao
Cliente"....
Atendente: Boa tarde Senhora. Em que
lhe posso ser útil ?
Cliente: Comprei o seu programa AMOR, mas até agora
não consegui instalar. Eu não sou
técnica no assunto, mas
acho que posso instalar com a sua
ajuda. O que eu devo
fazer primeiro?
Atendente: O primeiro passo é abrir o
seu
CORAÇÃO.
A senhora encontrou seu
CORAÇÃO?
Cliente: Sim, encontrei. Mas há
diversos
programas funcionando agora. Tem algum problema
em instalar o AMOR enquanto
outros programas
estão funcionando?
Atendente: Que programas estão
funcionando,
senhora?
Cliente: Deixe-me ver... Eu tenho BAIXAESTIMA.EXE,
RESSENTIMENTO.COM, ODIO.EXE e RANCOR.EXE
funcionando agora.
Atendente: Nenhum problema. O AMOR apagará
automaticamente RANCOR.EXE de seu sistema operacional
atual. Pode ficar em sua memória permanente, mas não vai causar problemas
por muito tempo para outros programas. O AMOR vai reescrever
BAIXAESTIMA.EXE em uma versão melhor, chamada
AUTOESTIMA.EXE. Entretanto, a senhora tem que desligar
completamente o ODIO.EXE e RESSENTIMENTO.COM.
Esses programas impedem que o AMOR seja instalado
corretamente. A senhora pode desligá-los?
Cliente: Eu não sei como desligá-los. Você pode me dizer como?
Atendente: Com prazer! Vá ao Menu e clique em PERDAO.EXE.
Faça isso quantas vezes forem necessárias, até o ODIO.EXE e
RESSENTIMENTO.COM serem apagados completamente.
Cliente: Okay! Terminei! O AMOR começou a instalar-se
automaticamente. Isso é normal?
Atendente: Sim, é normal. A senhora devera receber uma mensagem
dizendo que reinstalará a vida de seu coração. A senhora tem essa mensagem?
Cliente: Sim, eu tenho. Está completamente instalado?
Atendente: Sim. Mas lembre-se: a senhora só tem o programa de modelo
básico. A senhora precisa começar a se conectar com outros CORAÇÕES
a fim de obter melhoramentos.
Cliente: Oh! Meu Deus! Eu já tenho uma mensagem de erro. Que devo fazer?
Atendente: O que diz a mensagem?
Cliente: Diz: "ERRO 412 -
O PROGRAMA NÃO FUNCIONA
EM
COMPONENTES INTERNOS". O que isso significa?
Atendente: Não se preocupe, senhora. Este é um problema comum.
Significa que o programa do AMOR está ajustado para funcionar
em CORAÇÕES externos, mas ainda não está funcionando em
seu CORAÇÃO. É uma daquelas complicadas coisas de programação,
mas em termos não-técnicos, significa que a senhora tem que "AMAR"
sua própria máquina antes que possa amar outra.
Cliente: Então, o que devo fazer?
Atendente: A senhora pode achar o diretório
chamado "AUTO-ACEITACAO"? Cliente: Sim, encontrei.
Atendente: Excelente! A senhora está ficando ótima nisso!
Cliente: Obrigada!
Atendente: De nada. Faça o seguinte: clique nos arquivos BONDADE.DOC, AUTOESTIMA.TXT, VALORIZE-SE.TXT, PERDAO.DOC
e copie-os para o diretório "MEU CORAÇÃO". O sistema irá reescrever
todos os arquivos em conflito e começará a consertar a
programação defeituosa. Também a senhora precisa apagar
AUTOCRITICA.EXE de todos os diretórios e depois esvazie a
sua lixeira para certificar-se de que nunca voltem.
Cliente: Consegui! Meu CORAÇAO está cheio de arquivos realmente
puros! Eu tenho no meu monitor, agora, o SORRISO.MPG e está mostrando que, CONTENTAMENTO.COM e BONDADE.COM foram instalados
automaticamente no meu
CORAÇAO.
Atendente: Então, terminamos! O AMOR está instalado e funcionando,
Ah! Mais uma coisa antes de eu ir.
Cliente: Sim?
Representante: O AMOR é um programa grátis. Faça o
possível para distribuir uma cópia de seus vários modelos a quem a senhora encontrar
e, dessa forma, a senhora receberá de volta dessas pessoas novos modelos verdadeiramente puros.
Cliente: Obrigada pela sua
ajuda!
Autor desconhecido

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Oficina de "Imagens" para uma libertação do olhar

Cada vez mais vivemos numa sociedade que cresce a comunicação pela imagem. Sabemos que muito, é feito em busca de novos caminhos para a linguagem fotográfica, tendo nesse olhar novas formas de conceber e produzir imagens que possam representar um grande passo em frente na qualidade de produção, sendo necessário a exigência de imaginação e de criatividade. Seja pelas ideias que veiculam, ou pelo seu apelo visual.
Predominam imagens sugestivas, indicativas de situações e de afetos, que parecem guardar segredos Pensar a significância da imagem como representacão de uma realidade, e a influência da visão/opinião do sujeito que vê a imagem na "leitura" dessa representacão. Considera-se também, a denominação de vídeo experimental, isso porque, normalmente, o realizador de vídeo tem desenvolvido propostas com experimentação de linguagem, suas visões pessoais de mundo, com experimentações dos vídeos relacionando a forma expressiva.
A Oficina de Imagem foi conduzida pela professora Maria Helena Bonilla, em ambiente virtual online pelo skapy e logo seguida pela rádio web. Experiencia maravilhosa, a cada dia me surpreendo com as novidades da evolução tecnológica que mesmo não estando presente, virtualmente esteve conosco, podendo nos orientar quanto às atividades a serem desenvolvidas durante toda a Oficina de Imagem.
Rita e Ariston, foram magníficos como monitores dessa atividade, acredito que muitas novidades virão nessa oficina, também fomos orientados a no manuseio da câmera fotográfica, a tirar fotografias dando-lhes uma melhor qualidade possível. Saímos pra fora da sala nos sentindo fotográfos profissionais fotografando a vontade. Tivemos ainda a oportunidade de assistirmos ao vídeo “A menina que roubava livros” produzido por participantes do GELIT ciclo um. Interessante, a análise que fizemos desse vídeo, pois o que parecia está muito bom, depois da análise observamos detalhes antes não percebido, que poderiam ser melhorados, se produzido com o olhar liberto após a oficina.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A Inclusão Digital chegando aos bairros periféicos de nossa cidade.

Escola Municipal Luiz Viana Filho, em 2008 recebeu um infocentro com 10 computadores, todos com o Sistema Operacional Linux Educacional instalado, tem como monitor daquele infocentro, o funcionário Dino, conheceu o programa e aprendeu a fazer uso no Ponto de Cultura e Tabuleiro Digita ,onde atuou como voluntário por dois anos. O infocentro foi implantado através do proinfo "Programa do Governo Federal" em parceria com o MEC e Secretaria Municipal de Educação. Dino defende a política do sotware livre em nossa cidade, dizendo que é necessário mais divulgação e capacitação. Afirma que Dino que seus usuários, professores e alunos não sentiram dificuldade para trabalhar com o software livre, e que a cada dia demontram crescimento no manuseio e que esses usuários hoje, sente-se incluso no mundo digital.
VISITA A EMBASA

O técnico da Embasa, "Empresa Baiana de Águas e Saneamento" Carlos Ribeiro, é uns dos cidadãos Ireceence que usa e defende o software livre de um forma contagiante. Eles afirma, que o motivo iniciante da migração do software proprietário para o sofware livre, foi por se tratar de um sistema com código fonte aberto, podendo a empresa adequar o sistema às necessidades da organização, com a finalidade principal de ser gratuíto, conheceu o programa através de curso promovido pela empresa com bom material didático onde puderam aprender com segurança. Carlos Ribeira diz acreditar que o software livre ainda vai dominar o mercado de programas, onde todos seraõ beneficiados por não gastar nenhuma fortunas para adquirir bons softwares e que um dia não ouviremos mais falar em software proprietário ou software pirata.
No entanto, ainda são poucas as empresa que usam o software livre em Irecê, por medo de encarar o novo e acomodação, pois para quem nunca viu um antes, tem que aprender praticamente tudo do zero, na Embasa também aconteceu assim, às reações dos usuários "funcionários" dessa empresa, inicialmente todos se chocaram com a aparência e a maneira com que tem que se trabalhar no programa, mas não demorou muito, para está familiarizados com a nova interface do programa e hoje gostam mais que os outros com o qual estavam habituados. Acha que usando o swl algumas ações de conscientização serão desenvolvidas.
Concordo com Carlos Ribeiro e acrescento que o Software Livre, a cada dia, conquista mais espaço tanto na mídia quanto na prática, sendo ele um dos instrumento privilegiado para a inclusão digital, sendo capaz de vencer o monopólio da Microsoft. Nessa perspectiva, a utilização do software livre é ativa, onde demanda um processo de aprendizagem, ssendo ele livre, rompe com idéias de produto acabado. Entretanto o modelo proprietário é motivado pela competição de mercado e o o livre é motivado pela colaboração e em qualquer nível de interatividade. Assim como o nosso curso, o software livre,estabelece uma relação de horizontalidade entre produtores e usuários.