Calendário 2010

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segunda-feira, 29 de junho de 2009

REFLEXÃO SOBRE A OFICINA DE IMAGEM




Participei da oficina de imagem com a professora Maria Helena Bonilla e os monitores Ariston Eduão e Rita de Cássia Antunes. Essa atividade me fez ver o trabalho com imagens além do que imaginava. Quando me inscrevi nesta atividade, minhas perspectivas eram: 'Vou aprender manipular imagens e fazer vídeo”. Na verdade, era somente isso que esperava, porém os resultados foram completamente mais extensos. O material para leitura complementar disponível no moodle proporcionou-nos um conhecimento significativo sobre o assunto. Hoje, percebo que temos à nossa disposição ferramentas para capturar imagem de forma digital, ou digitalizar imagens já existentes e facilmente fazer a manipulação em nossa própria casa, desde saturação, brilho, contraste e nitidez até a própria forma que compõem o assunto fotografado. A manipulação de imagens tem sido criticada por muitas pessoas, vendo como uma corrupção da fotografia. Porém, na verdade, são apenas os avanços dos recursos de edição e montagem de imagens e vídeos. Antes, utilizavam-se tintas, tesoura, cola e outros materiais; hoje, utilizamos com ferramenta o computador. Para explicar melhor esses avanços e ampliação desse universo das imagens a autora Cristiane Nova diz:

A própria transformação do estatuto da imagem no mundo configurado pelas novas tecnologias imagéticas e audiovisuais acaba por remodelar a visão dos homens de si, da história e do mundo. É o consciente e o inconsciente ótico coletivo modificando as suas projeções ao sabor do surgimento de diferentes técnicas. Com a criação das imagens tecnologicamente reprodutíveis, inicialmente com a fotografia, o universo imagético vai rapidamente se ampliando. ( Nova, 2003, p. 189.)

No entanto, tenho consciência de que nem tudo são flores, as tecnologias digitais, também arrastam consigo um perigo: O aumento considerável da capacidade de modificação e deturpação da imagem que permitem alterações de todas as espécies, os ajustes de luminosidade, correção de imperfeições, inserindo ou retirando elementos da imagem, entre muitas outras possibilidades. Os Programas têm sido cada vez mais poderosos, permitindo falsificar qualquer imagem aparentemente real e os resultados obtidos são, por vezes, tão eficazes que se tornam detectáveis mesmo ao olhar de profissionais da fotografia.
Nesta oficina, discutiu-se também no fórum do moodle o uso de produtos multimídias educativos na sala de aula, os quais permitem interagir com os colegas cursistas em um movimento de aprendizagem interativa e colaborativa, refletindo sobre experiências vividas em sala de aula. Alguns produtos multimídias, podem ser importantes ferramentas de suporte ao ensino. Os softwares educativos possibilitam a interação dos aprendentes, encorajando-os, e tornando possível uma aprendizagem colaborativa. Quanto aos jogos, embora os utilizemos como lazer, podem também ter aplicação educacional, o mesmo acontece com o ORKUT e o MSN, sendo eles utilizados como meios de comunicação e interação, também trazem contribuições significativas à aprendizagem. Porem, as recursos tecnológicos mais utilizados em salas de aulas de escola pública de pequeno porte, como a nossa, são: MICROSCÍSTER, TV E VÍDEO.

Um dos campos mais interessantes de utilização do vídeo para compreender o uso da televisão em sala de aula é o da análise da informação, para ajudar professores e alunos a perceberem melhor as possibilidades e limites da televisão e do jornal como meios informativos. Sobre esse tema, tivemos uma palestra com a professora Daiane, abordando-o de maneira dinâmica e instigante, mostrando que nós, professores, podemos proporcionar aulas com tv e vídeo de forma a despertar no aluno o senso crítico, promovendo, assim, aprendizagem produtiva. Entretanto, a tradicional prática de uso do vídeo na escola ainda está longe do ideal de autonomia e participação.

Os conhecimentos que o uso do vídeo e da televisão proporcionam as crianças, estão muito mais próximos da vida da maioria dos alunos do que os proporcionados pelo convívio escolar. Em casa está o mundo que apela para o desejo e para o prazer de olhar, de desfrutar, de consumir o mundo das imagens eletrônicas. Na escola, um pouco tímido, está o mundo das palavras escritas, do pensamento para compreensão, da abstração, um mundo representado pelo discurso do professor. O uso desses recursos na sala de aula impõe-se como uma necessidade, pelo fato de ser um hábito dentro da família. Partido dessas linguagens no âmbito escolar, é necessário conhecê-las, ter materiais audiovisuais mais próximos da sensibilidade dos alunos e planejar estratégias de inserir esses materiais e atividades de forma dinâmica, interessante, mobilizadora e significativas.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

RELATÓRIO DE PESQUISA DE CAMPO SOBRE SOFTWARE LIVRE EM IRECÊ

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA-SÉRIES/INICIAIS
PROJETO IRECÊ CICLO DOIS 2009.2
ATIVIDADE: SOFTWARE LIVRE
POFESSORA: MARIA HELENA BONILLA
CURSISTAS: GICELIA BATISTA NUNES, ERIANDE ALVES CALVACANTE BONFIM


INTRODUÇÃO


Esse relatório é o resultado da pesquisa de campo, realizada na atividade software livre: a cibercultura em Irecê, com o objetivo de mapear as leis, projetos e programas que fazem uso do software Livre em Irecê, na esfera pública e privada, de forma a descrever e analisar as características e objetivos desses dados mapeados, a articulação que desenvolvem nos âmbitos estadual e federal. Para execução da pesquisa de campo, realizamos entrevistas em vários pontos da cidade: Ponto de cultura, escolas, telecentros, lojas e na Empresa Baiana de Água e Saneamento (EMBASA), assim como pesquisa em documentos e leis do município. No entanto, com relação as leis, pudemos analisar o Plano Diretor de Irecê, que apresenta em seu texto o capítulo VIII - Da ciência e da tecnologia. No Art. 15 e inciso III, este documento propõe: Implantar o uso de Software Livre no município como política pública voltada à universalização da cultura digital. Plano Diretor (2008, p. 05). Nesse sentido, possibilita atingir o máximo de pessoas com a inclusão digital em nosso município com um baixo custo, e com isso, as novas tecnologias têm ganhado um grande espaço na nossa sociedade atual. Acreditamos que a solução para à universalização da cultura digital não acontecerá em curto prazo, pois não é do dia para a noite que vamos alcançar tão grande conquista. Os políticos têm um papel fundamental para tal conquista, que é o de criar e fazer valer as leis que favorecem o desenvolvimento social, mobilizando assim toda a sociedade, de forma cooperativa. Segundo Bonilla, :

No contexto da Sociedade do Conhecimento, torna-se imperativo aos governos possuírem uma política educativa que contemple a imbricação entre educação e tecnologias, o que vai além de uma política de conexão da escola. As políticas públicas para a área necessitam investir em processos de produção de cultura e conhecimento, de inclusão digital, de formação inicial e continuada dos professores, levando em consideração as diversidades dos processos societários. (BONILLA, 2005, p.180)

Como afirma a autora, as políticas públicas que favorecem o uso e adoção do software livre têm oferecido uma aprendizagem colaborativa, dinâmica e interativa para a população Ireceense, principalmente aos menos favorecidos. A cidadania hoje nas tecnologias impõe o direito a se comunicar independentemente de condição social, capacidade física, visual auditiva, idade, raça e religião. Irecê tem apoiado as política públicas federais em nosso município, na qual tem investido bastante na informatização das escolas e vê o Software Livre como alternativa extremamente viáveis para atingir o maior número possível de pessoas, incluindo-os nessa sociedade digital, assegurado pela Lei existente no município de Irecê que é a 15/2008 Lei complementar (Plano Diretor aprovado em 31 /12/2008) que delibera sobre a regulamentação da lei especifica a 2010.

Segundo Ariston Eduão, coordenador do Ponto de Cultura, o Ciberparque Anísio Teixeira voltado para a inclusão sócio-digital na região, considerado um grande parceiro do GEC " Grupo de Pesquisa em Educação comunicação e Tecnologias" na proposição do RIPE "Rede de intercâmbio de produção educativa". É um projeto implantado em Irecê em 2005 com o propósito de garantir o acesso, livre ao universo tecnológico, a capacitação para produção de bens culturais, no qual tem beneficiado de forma significativa a população irecense. Assim, como nós cursistas da segunda turma do Projeto de Formação continuada de Professores de Irecê estamos tendo acesso a essa cultura digital quando necessário. É preciso ressaltar que o Ciberparque Anísio Teixeira, conta com a parceria da prefeitura Municipal de Irecê, Faculdade de Educação da UFBA e Ministério do Trabalho e Cultura Viva. Portanto, esse projeto incentivador foi o ponto de partida para resgatar, valorizar e divulgar a cultura e os artistas locais e regional. E, sobretudo oferecer aos artistas de nossa região, gratuitamente a possibilidade de divulgar seus talentos e trabalhos com as gravações de seus CDS , produção das capas entre outras produções que favorecem a divulgação dos artistas da região. Esse trabalho pode ser realizado no espaço do Ciberparque, onde dispõem de um estúdio profissional da rádio web, com auxílio de voluntários do Ciberparque, as faixas são gravadas, revisada, editadas, tudo realizado em Software Livre e posteriormente esse material é imediatamente divulgada ao vivo na rádio pela equipe de divulgação

Ariston, ainda afirma que a migração maior para software livre se deu em 2003 por parte dos professores cursistas da primeira turma, e que logo após algumas escolas, as quais receberam laboratórios de informática e telecentros em seus bairros e povoados. Segundo ele, a manutenção das máquinas são realizadas pelos próprios funcionários e voluntários do Ponto de Cultura, que podemos usar software livre sem necessariamente precisar instalá-lo, sendo isto possível utilizando apenas o CD de boot se preferirmos, e que o software é chamado livre porque apresenta características fundamentais, sendo livre para ser utilizado, estudado, alterado, copiado e redistribuído, pois um software livre tem código aberto.


Além dessa experiência, em Irecê são implementados telecentros para a comunidades vizinhas; através desses centros de acesso, podemos identificar a sua influência para implementar o uso de software livre nas escolas e nos bairros. . Esse trabalho se desenvolve em três comunidades rurais: os povoados de Itapicuru, Meia Hora e Angical. Também foi implementado dois telecentros na Zona Urbana com parceria do Tabuleiro Digital, Ciberparque e o PID - Programa de Identidade Digital. Este ultimo Porgrama é desenvolvido pelo Governo Estadual e sediado nos bairros Bradesco e São Francisco, sendo uma política pública de inclusão digital. Diante das experiência de telecentros, pudemos identificar a instalação de laboratórios de informática nas escolas: Zenália Dourado Lopes, Luiz Viana Filho, Escola José Francisco Nunes em Itapicuru, Escola de Angical e Colégio Odete. Outros pontos de acesso implementados em Irecê fazem parte do laboratório de informática da UNEB, a UFBA/Irecê, UAB.


A prefeitura Municipal de Irecê, tem apoiado essas ações, disponibilizando os locais, mobiliário e funcionários para o funcionamento desses telecentros. Assim, como também o ponto de Cultura, tem desenvolvido várias ações, de forma a esclarecer, incentivar e divulgar a utilização do Software Livre na região. Essas ações acontecem, através de palestras e cursos de informática em Software Livre, realização de eventos de expressão estadual a exemplo da I Semana de Software Livre de Irecê, dentre outras oficinas realizada ao longo da existência do ponto.


Nessa perspectiva, acreditamos que o Software Livre surgiu da necessidade de deixarmos de ser meros usuários da tecnologia, possibilitando que sejamos também produtores de conhecimento, ao invés de continuar sendo refém de preços abusivos pelas grandes corporações e seus mercados. Percebemos através das entrevistas realizadas que muitos possuem uma concepção de que, o software livre é difícil de manusear. Talvez isso aconteça, pois encontramos fortemente evidenciada uma realidade, em que a população está muito atrelada e condicionada à utilização do Software proprietário, e o uso do novo, do desconhecido, a princípio causa o medo e estranheza. Porém os lojistas, infelizmente, acreditam que por não compreender na verdade as vantagens do uso do software livre, não colaboram para essa migração acontecer. Acreditamos que isso acontece porque eles não estão preparados para o Software Livre e sim para vender seus produtos, independente de programas

Exemplo de lojistas que trabalham com o software livre em nosso município, são as lojas Maia, que vende seus computadores com a configuração Linux. No entanto, a maioria dos clientes preferem substituir o sistema operacional livre pelo proprietário, e na mesma loja já encontra-se um técnico que realiza essa substituição . Acreditamos que essa realidade acontece por falta de informação. Segundo senhor Jonas Santos, gerente da loja Maia em Irecê, afirma que no ato da compra avisam aos clientes que o sistema não é simples para o uso, e imediatamente já oferecem a substituição para o software proprietário. Perce-se que com atitudes como essa das lojas Maias é que o Software Livre perde espaço de divulgação e com isso as pessoas deixam de aderir ao programa por falta de conhecimento e incentivos.

Segundo o Senhor Jonas Santos, eles usam o software livre nos serviços internos a aproximadamente um ano, desde que a loja foi inaugurada na cidade Irecê. Ele também relata que por necessitar de outros programas, que o software livre não oferece para trabalhar com as questões financeiras da loja, não houve uma total migração e sim parcial. Diante dessa afirmativa, acreditamos que é por não conhecer todos os programas que o Software Livre oferece, que ficam condicionado a programas do Software Proprietário. Descobrimos que o comércio local, os quais adotaram ao Sistema Operacional Livre, tem pouco conhecimento com relação ao utilização do Software Livre. Seu conhecimento esta limitado a , apenas alguns aplicativos e na maioria das vezes, as empresas que utilizam o programa SWL são filiais, onde os programas e sistema já veem implementados da matriz geralmente sediada em outro estado. Nesse sentido, os funcionários tiveram que se adaptar ao programa sem ter nenhum tipo de capacitação, e ao utilizar o programa apresentam muitas dúvidas, pois não sabem nem mesmo o porquê da empresa ter aderido ao software livre, e também desconhecem as suas vantagens ou desvantagens. Quando perguntamos sobre as vantagens que ele consegue perceber, em relação ao software livre, Senhor Jonas foi prático em sua resposta: “A praticidade de poder abrir vários arquivos ao mesmo tempo”. Isso ele repetiu várias vezes, como se fosse a única vantagem. O mesmo, diz que sua adaptação ao programa aconteceu com a prática cotidiana, pois não foi oferecida nenhuma capacitação. Entretanto fica esclarecidos os equívocos em sua afirmação na qual falta capacitação para o conhecimento sobre o Software Livre. Além disso, foi nos relatado com relação as máquinas utilizada para a operacionalização da loja, que não é oferecida a manutenção dos computadores em Irecê, e sim, que esta é feita por um técnico de João Pessoa, que na maioria das vezes realiza essa manutenção virtualmente. Nesse outro estado, a empresa constituiu um centro de tecnologia que oferece assistência técnica para todas filiais.

Outro sujeito entrevistado foi o técnico da Embasa, "Empresa Baiana de Águas e Saneamento" Carlos Ribeiro. Esse técnico, é cidadão Ireceense que usa e defende o software livre de uma forma contagiante. Ele afirma que o motivo inicial da migração do software proprietário para o software livre na empresa, foi devido ao sistema com código fonte ser aberto favorecendo a empresa, adequar o sistema às necessidades da organização. Com a finalidade principal de ser gratuito. Carlos Ribeiro diz acreditar que o software livre ainda vai dominar o mercado de programas, onde todos serão beneficiados por não gastar nenhuma fortuna para adquirir bons softwares e que um dia não ouviremos mais falar em software proprietário ou software pirata. Ainda diz vem usando a mais ou menos 05 anos, e a economia na empresa já é realidade, economizando cerca de três milhões de reais.
Sendo assim, o software livre é um programa de computador que por ser livre pode gerar economia do valor da licença de uso do software, na qual a licença de software é como um contrato que a pessoa ou empresa que possuem a propriedade sobre o software permite que outra pessoa possa utilizar-se do mesmo, podendo ser copiado, distribuído livremente e apresenta também alternativa para a redução da exclusão social. Como diz Silveira (2004, p. 13): "O software livre possui um autor ou vários autores, mas não possui donos”. Acreditamos que o software livre é melhor que software proprietário, por ser ele uma produção colaborativa, promove assim um processo de aprendizagem, considerado como um valioso instrumento privilegiado para a inclusão digital e desenvolvimento tecnológico.

Apesar de encontrar essas duas experiências, identificamos que ainda são poucas as empresas que adotam a utilização de software livre em Irecê. Compreendemos que isso acontece devido o medo de encarar o novo e por está condicionado ao uso do p software proprietário, pois para quem nunca pode ter a oportunidade de experienciar precisa aprender e entender a lógica de funcionamento. Na Embasa também aconteceu dessa forma, as reações dos usuários "funcionários" da empresa, inicialmente apontaram para um desconhecimento com relação a interface . Além disso, encontraram também um desconhecimento com a lógica de funcionamento dos programas, mas não demorou muito para que pudessem se familiarizar com a nova interface. Hoje, encontramos depoimentos de pessoas que afirmam gostar mais de utilizar o software livre do que os outros que utilizavam anteriormente.

Consideram também, que ao usarem o software livre, ações de conscientização podem ser desenvolvidas e assim teremos a chance de ser um dia uma cidade digital livre.

Concordamos com Carlos Ribeiro e acrescentamos que o Software Livre, a cada dia, conquista mais espaço, tanto entre seus defensores quanto na prática, sendo a utilização desse sistema operacional, um dos pontos chaves para a chamada “inclusão digital”, para democratização dos benefícios tenológicos e sendo capaz de vencer o monopólio da Microsoft. Como diz a autora:

Inclusão digital é uma idéia/conceito que emerge no contexto dos Programas Sociedade da Informação, propostos pelos mais diversos países, e que, neste início de milênio, configura-se como uma das idéias-chave que perpassam ações, estudos e pesquisas nos mais diferentes campos do saber. Em muitos países, especialmente no Brasil, a inclusão digital está sendo vista como a capacidade da população inserir-se no contexto das tecnologias de informação e comunicação como consumidora de bens, serviços e informações, o que demanda apenas a oferta de treinamento para a aquisição de competências básicas para o manuseio dessas tecnologias. (BONILLA, 2004, p. 01)

Percebe-se que a utilização do software livre é de grande importância para o movimento de inclusão digital devido a questão da colaboração, da troca, da possibilidade de construção, superando a ideia de meros consumidores de informação. Compreendemos que para a inclusão digital atingir o maior número de pessoas, é necessário que as políticas publicas voltada a universalização da cultura digital, desenvolvam ações e façam acontecer como realmente está no papel. Entretanto, o modelo proprietário tem uma concepção de atender a competição de mercado, enquanto que os sistemas operacionais livres são desenvolvidos em torno de uma filosofia de colaboração, e em qualquer nível de interatividade. Assim como o nosso curso, o software livre estabelece uma relação de horizontalidade entre produtores e usuários. Segundo Sergio Amadeu,

este processo de desenvolvimento colaborativo e horizontal foi denominado por Eric Raymond, hacker e liberal norte-americano, modelo “bazar” de construção de software. Já a indústria de software proprietário utiliza o modelo fechado e hierarquizado que Raymond chamou de “catedral”. A verticalização e a burocratização do modelo proprietário não conseguem fazer frente à enorme efervescência do modelo centrado na colaboração e na interação de milhares de pessoas, tais como em uma feira, em um bazar.(SILVEIRA, 2004, p. 63)

O Software Livre, assim como sua dinâmica de produção, suas regras de circulação de produtos e o comportamento diante dos meios utilizados por sua lógica de desenvolvimento, é o oposto do proprietário que tem como idéia de produto acabado, centralizando os direitos de modificação somente ao seu proprietário. Silveira (2004, p. 74) ainda afirma, que "a grande consequência sociocultural e econômica do software livre é sua aposta no compartilhamento da inteligência e do conhecimento”. Este autor, nos assegura que em relação ao nosso país há possibilidade de dominar as tecnologias que utilizamos dia a dia. Assim, em uma sociedade de geração e uso intensivo do conhecimento, estamos, portanto, criando uma rede que permite redistribuir a todos, os seus benefícios.

Outra experiência visitada, foi a Escola Municipal José Francisco Nunes, localizada no povoado de Itapicuru, a uma distância de aproximadamente oito quilometro da cidade de Irecê. Essa escola hoje é considerada referência de inclusão digital para o município. Os alunos desta instituição de ensino, têm a possibilidade de acesso a internet através do telecentro, no qual alunos e comunidade frequenta esse espaço frequentemente agendado. Este telecentro localizado na praça principal do povoado, disponibiliza de 10 computadores, implantado através da Secretaria Municipal de Educação com apoio do Ponto de Cultura. Todos as máquinas com configurações em software livre. A escola possui um laboratório de informática com 05 computadores, implantado pelo Programa de informática educativa (Proinfo), lançado pelo MEC em 1997 e restruturado em 2007, que tem como objetivo a "introdução"dos computadores nas escolas da rede pública de todo Brasil; sendo uma política pública federal articulada com a municipal voltada à universalização da cultura digital, que incentiva a adoção e a produção de software livre como um novo paradigma.


Segundo a coordenadora desta instituição, Ieda Marques Rocha, a Escola Municipal José Francisco Nunes, também participa de um projetos de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia FAPESB com duas máquina também configurada com o Linux Educacional para o uso dos trabalhos de pesquisa com alunos e 03 professores bolsistas. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – FAPESB, foi criada em 27 de agosto de 2001, através da Lei Nº 7.888, com o objetivo de estimular e apoiar o desenvolvimento das atividades científicas e tecnológicas do Estado.

A pesquisa é voltada para introdução à tecnologia nas escolas como ação estruturante e fundante da/na construção do conhecimento. Segundo as informações da coordenadora Ieda e demais funcionários, hoje usam o software livre e por antes ter tido acesso ao software proprietário, inicialmente sentiram um pouco de dificuldade, para com o manuseio da máquina, mas logo se familiarizaram com o Linux, o que também acontece com os alunos.
Para facilitar o acesso aos computadores, ou seja, ”incluir digitalmente”, as nossas crianças e jovens, o governo estadual, federal e municipal, vem desenvolvendo políticas públicas, para inclusão digital de pessoa de lugares distantes e isolados, gerando assim processos de construções globalizadas. A equipe Gestora dessa instituição de ensino garante que são muitas as vantagens do uso de software livre, pois assim não seremos somente consumidores e sim construtores-na construção de conhecimentos, sem contar que sendo assim estaremos livres dos invasores de máquinas.

Todos esses projetos no qual falamos, geram um processo de inclusão, principalmente para aqueles que não têm a menor possibilidade de comprar um computador, garantindo assim, o acesso através da entidade escolar. A escola é um lugar ideal para iniciar um belo movimento de discussão sobre o software livre. De acordo com Bonilla,:


Na contemporaneidade, é fundamental para a escola romper com as amarras do instituído porque esse modelo não consegue dar conta da quantidade, diversidade, evolução e renovação dos saberes, não leva em consideração a diversidade, as formas como os alunos pensam, sentem, agem, e aprendem, e é incompatível com a nova natureza do trabalho, a qual está muito mais relacionada com aprendizagem, saberes e produção de conhecimento do que com um fazer automatizado e repetitivo.(BONILLA, 2005.p. 43)

Diante dos conhecimentos adquiridos com essa pesquisa, das vantagens que tivemos com a oportunidade de estudar e identificar sobre o software livre, podemos identificar a influência desses estudos com uma das componentes desse grupo: A Professora Gicelia Batista Nunes, enquanto gestora da Escola Municipal Paraíso, optou por fazer a migração total de uma 01 computadores da escola para o sistema operacional livre, usando o Ubuntu, que é uma distribuição do sistema operacional brasileiro, baseado na distribuição Debian, sendo uma das distribuições mais populares. Ocorre tambéma migração parcial nas outras duas máquinas existente na escola. A decisão da migração se deu através de uma discussão coletiva com iniciativa de 05 professores, cursista participantes dessa atividade, na qual socializaram suas descobertas sobre o software livre para os demais funcionários. Outra ação realizada por essa mesma componente, está relacionada a migração parcial do computador de uso particular, usando os aplicativos: Openoffice, Firefox, Gimp e o Cinelerra.

Na pesquisa de campo, visitamos também a Escola Municipal Luiz Viana Filho, que no ano de 2008 recebeu um laboratório de informática com 10 computadores todos com o Sistema Operacional Linux Educacional instalado, que é uma distribuição Linux desenvolvida pelo Centro de Experimentação em Tecnologia Educacional (CETE) do Ministério da Educação e Cultura (MEC), ele se encontra na versão 3.0. . Nesse laboratório entrevistamos o monitor e funcionário Dino Estevão, que participou do programa Agente Cultura Viva, no Ponto de Cultura e Tabuleiro Digital. A partir dessa experiência, ele conheceu o software livre e aprendeu a fazer uso, atuando como voluntário no Ponto de Cultura por dois anos. Hoje é agente de inclusão digital no laboratório de informática da Escola Municipal Luiz Viana Filho, Dino Estevão, como outros entrevistados, afirma que, trabalhar com o Software Livre tem muitas vantagens, uma delas é a possibilidade do código fonte aberto, de forma que seus usuários podem modificar os programas e adaptar, adequando às suas necessidades, outra é que o software livre é imune em 90% a vírus e que apresenta um baixo custo para seus usuários. Para atualizar seus conhecimentos sobre o Software Livre, Dino diz recorrer ao curso linux online no qual aprende as mesmas administrações do proprietário no Linux com formatação e inserção de disco, instalação e remoção de programas, instalação de drivers para dispositivos, etc. O curso forma o aluno para ser administrador Linux com foco à obter a certificação LPI (Linux Professional Institute) nível I .

O laboratório de informática da Escola Luiz Viana Filho, foi implantado através do "Programa do Governo Federal" PROINFO, em parceria com o MEC e Secretaria Municipal de Educação, com o objetivo de ampliar as redes digitais de alta velocidade, o uso do software livre, como políticas públicas, incluindo digitalmente o maior número de pessoas, com a produção e a difusão do conhecimento tecnológico. Estevão defende a política do software livre em nossa cidade, dizendo que é necessária mais divulgação e capacitação e que seus usuários, professores e alunos não sentiram dificuldade para trabalhar com o software livre, e que a cada dia demonstram crescimento de conhecimento com programas e aplicativos novos, no manuseio e que esses usuários hoje, sente-se inclusos na era digital.


É necessário termos conhecimento que para modificar o software livre é necessário ter o código fonte; sendo ele aberto, se o usuário que for habilidoso no assunto pode usar o código fonte para alterar, modificar e melhorar. Como diz João Brant,

A tecnologia nada mesmo tem de neutra. Ela pode ser entendida como resultado da interação de forças sociais, econômicas, políticas e culturais, que ao se estabelecer afirmam e reforçam os valores que vão dominar nessa complexa resultante. Mais além, o seu uso e a forma como é apropriada continuam a definir “o lugar” das tecnologias nessa batalha. Assim, da mesma maneira que a tecnologia pode aprisionar, ela também pode libertar. Nessa disputa entre modelos competitivos e colaborativos, a conquista da autonomia tecnológica passa a ter um papel essencial. ( BRANT, 2008, p. 69)

Entendemos que preparar os professores e cidadãos para o exercício consciente de um direito de participar de forma ativa, crítica e criativa, no contexto da sociedade da informação, negociando com os sentidos que dá aos meios e recursos tecnológicos, bem como os usos que faz desses, é necessário para melhor a apropriação a cada inovação. Uma outra escola que visitada, foi o colégio Odete Nunes Dourado. Este foi contemplado com um telecentro, composto por 11 computadores, implantado pelo PID (Programa de Identidade Digital), e tem como objetivo, potencializar as oportunidades de desenvolvimento espacial equilibrado e de inclusão social, por meio da democratização do acesso da população aos recursos da informática e da internet, em todas as regiões do Estado e para todas as camadas sociais.

A escola também possui um computador do projeto Rede de Intercambio de Produção Educativa (RIPE), que desenvolve ações e pesquisa voltadas para edição de áudio e vídeo na escola. Para o desenvolvimento da pesquisa , o projeto tem como responsável para implementá-la na escola o professor Antônio Cecílio, que trabalha 20 horas semanais com o Ripe como professor-pesquisador do projeto. Assim, o professor desenvolve ações e pesquisa voltadas para edição de vídeo, articulando a produção e a pesquisa com a comunidade escolar. O laboratório é para o uso de alunos e professores, no qual funciona em 03 turnos, com 02 monitores, Anísia e Gibeo, ex-agentes Cultura Viva que também atuaram como voluntários no Ponto de Cultura por um determinado tempo.


Para os monitores do colégio Odete Nunes Dourado, o ano de 2009 os problemas diminuíram muito, pois o número de pessoas que adquiriram conhecimento nessa área foi muito grande e assim também facilitou a manutenção de máquinas e capacitação de pessoas, além de aumentar o número de migrantes do software proprietário para o software livre. O suporte técnico da escola é realizado com ajuda de professores, do Ponto de Cultura e de técnicos capacitados, bem comoda empresa ORCA LINUX habilitada em software livre. Vale ressaltar que essa empresa é de propriedade de dois jovens, que foram Agentes Cultura Viva e atuante como voluntário no ponto de cultura.


CONCLUSÃO

A partir desse movimento de inclusão digital, percebemos que muitas ações precisam ser viabilizadas para que toda sociedade se inclua nesse processo tecnológico, visto que o maior problema de inclusão digital está localizados nos bairros periféricos que ainda não foram beneficiados. Sabemos também que essas ações de beneficiamentos são lentas, burocráticas e dependem muito das políticas públicas federais, municipais e estaduais. Em consonância com os autores:

As novas possibilidades de superação dessa situação requerem uma articulação maior entre as políticas públicas. O que temos observado é que as diversas políticas públicas implementadas – ou minimamente pensadas – nos últimos anos no Brasil, não partiram do pressuposto de que o acesso a essas tecnologias demandava ações mais amplas, concretas e, na nossa análise, mais corajosas. O que se percebeu foram ações pouco articuladas que trouxeram relativos avanços na oferta de acesso, mas pouco avançaram no estabelecimento de uma maior articulação dessas mesmas ações entre si e, particularmente, com a educação.(PRETTO e ASSIS, 2008 p.81)

Entretanto, faz-se necessário uma preocupação maior, por parte dos governos federal e estadual, não apenas em equipar as escolas com recursos tecnológicos e implantar novos laboratórios de informática, mas de forma a garantir também a conexão à rede internet e o acesso aos programas veiculados por meio digital, pois a cidadania está veiculada ao acesso dos cidadãos ao meios digitais de produção. Além de um interesse no sentido de atualizar os Programas voltados para o uso eficiente e adequado dos recursos tecnológicos na escola. Consideramos de fundamental importância da formação de professores nesta área a fim de que os mesmos, sintam-se capazes de torná-los aptos a ensinar efetivamente os alunos a relacionarem-se melhor com o computador e o uso do software livre, favorecendo a educação através de outras alternativas de ensino. O uso da Internet na escola, tem também um papel importante no processo de construção do conhecimento, na qual ela dá acesso ao mundo de informação e comunicação e tem como objetivo, fazer com que a tecnologia faça parte do dia-a-dia de nossos alunos, transmitindo-lhes conhecimentos necessários a sua autonomia tecnológica.

Acreditamos que enquanto sociedade e educadores podemos desenvolver ações coletivas para que essa população mais carente dos bairros periféricos seja beneficiada rapidamente. No entanto, conhecer o problema e ficar esperando apenas as providências do governo não basta, mas que todos, principalmente nós educadores, estejamos engajados nesse movimento, divulgando e incentivando o uso do Software Livre. Este trabalho proporcionou para nós educadores, refletirmos sobre o nosso papel e atuação na escola e na sociedade, bem como repensar também o papel do aluno no microcosmo da sala de aula. Entendemos também, que o software livre é um programa de computador que por ser livre pode gerar economia do valor da licença de uso do software, podendo ser copiado, distribuído livremente e apresenta também alternativa para a redução da exclusão social. Por todas as vantagens e segurança que, o sistema operacional livre nos oferece, acreditamos que o software livre é melhor que o software proprietário, por ser ele uma produção colaborativa, promove assim um processo de aprendizagem coletiva, sendo ele considerado um valioso instrumento para a inclusão digital e desenvolvimento tecnológico do país.




REFERÊNCIAS

BONILLA, Maria Helena: Escola Aprendente: para além da sociedade da Informação. Rio de Janeiro: Quartet: 2005, p.43.

BONILLA, Maria Helena: Artigo: Educação e Inclusão Digital, Salvador: EDUFBA 2004 Disponível:http://www.twiki.ufba.br/twiki/bin/view/GEC

IRECÊ. Plano Diretor, 2008, p. 05.

PRETTO, Nelson/ ASSIS, Alessandra.Cultura digital e educação: redes já!. In.:PRETTO, Nelson; SILVEIRA, Sérgio Amadeu (orgs.). Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder. Salvador: EDUFBA, 2008, p. 75-83.Disponível em <http://rn.softwarelivre.org/alemdasredes/>. Acesso em: 20/04/09



SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. Software Livre: a luta pela liberdade do conhecimento. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2004, p. 13, 63, 74,. Disponível em:

<http://jacksonmedeiros.files.wordpress.com/. Acesso em: (26/04/09)




BRANT, João :O lugar da educação no confronto entre colaboração e competição .In.:PRETTO, Nelson; SILVEIRA, Sérgio Amadeu (orgs.). Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder. Salvador: EDUFBA, 2008, p. 69-74. Disponível em
<http://rn.softwarelivre.org/alemdasredes/>. Acesso em: 20/04/09








quarta-feira, 24 de junho de 2009

ROTEIRO DE PRODUÇÃO DE VÍDEO


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FACED/PROJETO IRECÊ CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA–SÉRIES INICIAIS/ENSINO FUNDAMENTAL ATIVIDADE: Oficina de imagem PROFESSORA: Maria Helena Bonilla CURSISTAS: Gicelia Batista Nunes, Dulcenalva Araujo Novaes e Marileide Martins


PROGRAMA JORNALÍSTICO
TEMA: USO DO SOFTWARE LIVRE EM IRECÊ


O Software Livre surge, então, da necessidade
de abandonarmos o velho papel de meros usuários
da tecnologia e passarmos a desenvolvê-la e usá-la

para o bem de todos. O Brasil, particularmente, precisa
acabar com sua dependência tecnológica e passar
a desenvolver
softwares, ao invés de continuar refém
dos preços abusivos impostos pelas grandes corporações
e seus mercados. (Cartilha de software livre,2005)

O software livre é um programa de computador que, por ser livre, pode gerar economia no valor da licença de uso do software, podendo ser copiado, distribuído livremente e apresenta também alternativa para a redução da exclusão social.


NOME DO PROGRAMA:
REDES E ASAS
VINHETA
Imagem de redes (fios)
com
asas ao redor em
movimento e som de
campainha.

ABERTURA DO PROGRAMA APRESENTADORA: MARILEIDE
  • O software livre em Irecê já é uma realidade.
Chamada (feita pela apresentadora):
  • Para entendermos melhor esse tema e sua inserção na comunidade ireceense, vamos conversar com a professora da rede municipal, Dulcenalva Araujo Novaes Alecrim

FALA DA APRESENTADORA MARILEIDE E ENTREVISTADA RESPONDENDO LIVREMENTE A CADA QUESTÃO FEITA:
  • Professora Dulcenalva, a senhora realizou uma pesquisa sobre a implantação e uso do Software Livre em Irecê. Fale um pouco dessa sua experiência.
  • Professora, enquanto cursista do programa de formação de professores ufba/Irecê, utilizou as máquinas da universidade configuradas com o software livre. Como foi a experiência?
  • Diante de suas descobertas, quais as vantagens da adoção do software livre?
APRESENTADORA MARILEIDE
  • Agora, vamos ver com a repórter Gicelia Batista, o que falam os usuários do software livre, diretamente da Empresa Baiana de Águas e Saneamento em Irecê (Embasa).
Repórter:
  • Sr. Carlos Alberto, a quanto tempo adotou o Software Livre em seus computadores?
  • Durante esse tempo que o Sr. usa o Software Livre, o que tem a dizer sobre o programa?
  • Diante do seus conhecimentos, como a empresa tem se beneficiado com a adoção ao Software Livre?
Apresentadora:
  • Vamos ver como está sendo utilizado o software livre nas escolas
  • Fala Gicélia Batista, diretamente da Escola Municipal Luiz Viana Filho.
Repórter:
  • Dino Estevão, como você conheceu o software livre?
  • Você sentiu dificuldade em monitorar um laboratório de informática com o Software Livre?
  • As pessoas que utilizam esse espaço sentiram dificuldades para se adaptarem ao S.L?
  • Quais os aplicativos mais utilizados por alunos e demais usuários desse laboratório de informática?
Apresentadora:
  • Agora, a repórter Gicelia Batista, está onde tudo começou, no Ponto de Cultura e vamos ver o que falam alguns usuários que lá se encontram.
Repórter:
  • É possível atender a demanda da informática usando apenas o Software Livre?
  • A cidade de Irecê já deu um passo importante na informatização. E a população acompanham esses avanços?
  • De acordo com o seu envolvimento nesse movimento, Você tem as informações sobre o número de pessoas que migraram do software proprietário para o Software Livre, em Irecê?
  • Quais as políticas públicas municipais para uso do software livre em Irecê?

APRESENTADORA MARILEIDE
AGRADECE E ENCERRA O PROGRAMA

Diante dos depoimentos, percebemos as vantagens e segurança que o software livre nos oferece, e muitas pessoas, após conhecerem o programa e suas vantagens, migraram do software proprietário para o software livre. Acreditamos que o software livre é melhor que software proprietário, por ser ele uma produção colaborativa, promovendo assim um processo de aprendizagem coletiva, de forma dinâmica e interativa. Nessa perspectiva, o consideramos como um valioso instrumento para a inclusão digital e desenvolvimento tecnológico do país.
Estamos encerrando nosso programa Redes e Asas. Agradecemos ao participantes e aos telespectadores pela audiência. Tenham todos uma boa noite!
FICHA TÉCNICA.
Direção:
  • DULCENALVA ARAUJO NOVAES ALECRIM, GICELIA BATISTA NUNES E MARILEIDE MARTINS LIMA
Roteiro:
  • DULCENALVA, GICELIA E MARILEIDE
Filmagem:
  • DULCENALVA, GICELIA E MARILEIDE
Produção:
  • DULCENALVA, GICELIA E MARILEIDE
Edição:
  • DULCENALVA, GICELIA E MARILEIDE
Música:
  • LIBERDADE (NEY LAGOA)ARTISTA DA TERRA
Narração:
  • DULCENALVA, GICELIA E MARILEIDE
Professores orientadores:
  • MARIA HELENA BONILLA.
  • RITA CASSIA DOURADO ANTUNES
  • ARISTON EDUÃO
Apoio:
  • PONTO DE CULTURA CIBERPARQUE ANÍSIO TEIXEIRA - IRECÊ-BA.
Filme produzido por alunos do curso de Licenciatura em Pedagogia – Séries Iniciais/Ensino




Fundamental UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO /PROJETO IRECÊ Produzido e editado em Software Livre

Licenciado em Creative Commons Jun/2009



quarta-feira, 10 de junho de 2009




A história de Forrest Gump, apresenta uma narração inovadora que nos envolve de forma espontanea, principalmente nesse momento da escrita do memorial. A Forma que o personagem conta sua história, desperta em nós cursista curiosidades e atenção, e um espírito crítico. O grande destaque no elenco é Tom Hanks, que se enquadrou perfeitamente nos moldes de Gump e dá um show de interpretação seguido pelas ótimas atuações de Robin Wright, onde interpreta a parte doentia da América na pele do Tenente Dan.O mais interessante que pegou muita gente de surpresa foi o famoso Haley Joel Osment de O Sexto Sentido que interpreta o filho de Forrest Gump, pois por essa não esperavamos. Forrest Gump é um dos primeiros a utilizar tecnologia digital dramaticamente, ou seja, para ajudar a contar história. Tudo começa com uma cena poética, onde uma pena sobrevoa uma cidade, contagiada com uma emotiva trilha sonora, na qual para nos pés de Forrest Gump sentado num banco de uma praça. A partir daí até o meio do filme a história é contada por meio de flash-backs retratando sua jornada fascinante, mantendo o bom humor do começo ao fim. Forrest Gump em sua infância ele foi rejeitado por muitos, e considerado o homem idiota onde morava, mas ninguém esperava as incríveis reviravoltas e acontecimentos fantásticos que iria mudar sua vida. Ele ouvia e acreditava em tudo que as pessoas falavam, e transformava os conselhos em coisas concretas. Um exemplo disso é quando alguém pedia para ele correr, ele corria, e muito. Olha como o roteiro é bem legal: em sua infância, Gump ensinou “Elvis Presley” a dançar e descobriu um dom próprio: conseguia correr feito vento, corria tão rápido que ele foi parar na universidade para jogar futebol americano. Já em sua fase adulta, sem querer Forrest acaba participando de todos os acontecimentos importantes de seu país. Tudo lhe acontece por acidente do jeito mais inocente do mundo. Jenny (interpretada pela ótima Robin Wright Penn) foi a única pessoa que aceitou Forrest sem fazer perguntas, no entanto, é por ela que Gump se apaixona no decorrer da história. Uma parte muito emocionante que achei foi quando Jenny, a razão da vida de Forest, voltou depois de muitos anos envolvida no mundo de drogas e prostituição, os dois passam próximo a casa onde ela foi passou parte de uma infancia infeliz, pois ela sofreu todo tipo de violência nas mãos do pai. Quando ela vê o barraco, agora já uma bela jovem adulta, fica totalmente revoltada e todas as lembranças da infância horrível voltam à sua mente. Ela abaixa e pega uma pedra e a lança, com todas as forças, na direção da casa. Ela acerta uma janela que se desfaz em pedaços e atira mais e mais pedras e depois cai no chão chorando. Forrest disse a ela: "Às vezes não há pedras suficientes". Eu creio que ele quis dizer que às vezes o sofrimento é tanto, que nada há fazer para aliviá-lo, que nem mesmo a vingança apaga da nossa mente, nem toda nossa raiva resolvem a dor.

Quando sofremos, estamos muito magoados, e assim nós queremos jogar todas as pedras do mundo contra aquele lembraça terrível de quando sofremos. Pode ser uma pessoa, uma coisa, uma memória, mas como no caso de Jenny, nunca há pedra suficiente para derrubar o barraco do sofrimento. De fato, o único resultado do esforço de jogar pedras, é que caímos no chão também pois requer muito esforço. É necessário buscarmos outra saída ou solução. Um aspecto que julgo importante é que ele acreditava em Deus, em sua mãe e em Jenny. Demonstra crédito em tudo que sua mãe fala. "Mamãe explicava de um jeito que eu entendia”. Forrest é uma pessoa tão determinada e obediente, que no treinamento no exército ele bateu o recorde de montar fuzil. “Gump! Porque você montou esta arma tão rápido?” gritou o sargento impressionado com o que via, e Gump rebateu com tom de voz normal: “ Mas foi você quem pediu Senhor!”. Forrest Gump quando estava em perigo sempre lembrava da frase de sua inesquecível Janny: “Se tiver em perigo, não tente ser corajoso, só corra” O engraçado é que ele foi um herói de guerra condecorado com quatro medalhas de honra ao mérito por salvar vários soldados. E ele explicava por que corria: Quando corro eu só penso na Jenny. Tive vontade de correr”; “Na verdade eu corria para chegar aonde estava indo. Nunca achei que isto iria me levar a algum lugar”. Ele correu durante 3 anos, 2 meses, 14 dias e 16 horas, dá para acreditar!!! Há situações interessantíssimas, mostrando como Gump aprendia certas coisas. “Você sabe jogar? O segredo deste jogo é: aconteça o que acontecer, nunca, nunca mesmo, tire os olhos da bola”, foi assim que Forrest aprendeu a jogar ping-pong e foi campeão mundial. E outros momentos onde o Tenente Dan pergunta: “Você já encontrou Jesus, Gump?” e ele responde “Eu não sabia que era para procurá-lo”. O filme conquistou o espectador por ser uma fábula moral sobre a vitória de um homem. O modo como a história é contada e narrada e pelas surpresas introduzidas na trama, é que tornam Forrest Gump – O Contador de Histórias um filme brilhante.

Um dos melhores trabalhos da década de 90. Foi um fenômeno na bilheteria mundial, que até o 1997, o filme ocupava a terceira colocação nos filmes de maior rendimento da história. Na verdade essa história é uma lição de vida, quando percebemos que Forrest é consciente de sua limitação, porém nunca deixa ninguém desanimá-lo sendo persistente, perseverante um verdadeiro heroi do início ao fim da história.
ÉTICA NA MÍDIA


Estamos vivendo tempos em que a impunidade prevalece, na qual os poderes da imprensa tem conseguido que a sociedade julguem pessoas baseada em apenas justificativas insignificante e sem comprovação. Tudo isso nos faz refletir sobre esses poderes que a imprensa tem em suas mãos e como tem usado diariamente para incentivar a audiência e novos sucessos.

O exercício crítico a respeito do processo de produção na mídia é investido na formação da opinião pública. É imprescindível, portanto, recuperar o papel ético e de responsabilidade social que a imprensa defende, em seus princípios, porém nem sempre são colocadas em prática, para que possamos, de fato, formar cidadãos críticos, capazes de se tornarem sujeitos de sua própria história.

Entretanto, a questão não é somente explicar como a mídia não estimula o debate, o senso crítico do seu público, pois esse nunca foi seu papel. Agora, se quisermos explicar como a sociedade abandonou a vontade de pensar e raciocinar, podemos buscar a verdade dentro desses limites estabelecidos. No entanto, o problema é acreditarem nela, o que acontece com muitas pessoas — mesmo ela aparecendo em cadeia nacional de rádio e televisão ao vivo e a cores .

sexta-feira, 5 de junho de 2009

ÉTICA NO TRÂNSITO




Infelizmente o trânsito hoje reflete a falta de valores. Os veículos motorizados estão passando a serem donos das ruas e muitos motoristas, acham que o que vale mesmo a potência de seu carro e sua habilidade ao volante. Neste sentido o trânsito torna-se um palco no qual revela o individualismo, a impunidade, falta de solidariedade, o desrespeito às regras de trânsito, o homem dirigindo de forma irregular sem a CNH, usando bebidas alcoólicas ou drogas, tornando assim, o trânsito a cada dia mais caótico e desumano.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Falar de ética não é tão simples como pensamos, pois muitas vezes o que é ético para mim, pode não ser para você. No entanto acredito que ética tem muito a ver com transparência, honestidade e respeito. Aristóteles nos ajuda definir o que é ética, como algo que está presente em nosso cotidiano o tempo todo, seja nas decisões familiares, políticas, ou no trabalho por exemplo.

Como todos nós sabemos, desde o nosso nascimento que somos ensinados o que é certo e o que é errado, partindo desses ensinamentos passamos a reproduzir os valores impostos pela sociedade a qual vivemos. No entanto quando não seguimos tais valores respeitando as regras impostas, somos punidos. Em um texto bíblico em salmos diz:"Qual o homem que não ama sua vida, procurando ser feliz todos os dias ?" (Sl 34,13).


Então essa tal felicidade
consiste em buscar a própria realização, fazendo o que é bom, tanto para você mesmo como para seu próximo, isso conforme à natureza humana.