Calendário 2010

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quarta-feira, 10 de junho de 2009




A história de Forrest Gump, apresenta uma narração inovadora que nos envolve de forma espontanea, principalmente nesse momento da escrita do memorial. A Forma que o personagem conta sua história, desperta em nós cursista curiosidades e atenção, e um espírito crítico. O grande destaque no elenco é Tom Hanks, que se enquadrou perfeitamente nos moldes de Gump e dá um show de interpretação seguido pelas ótimas atuações de Robin Wright, onde interpreta a parte doentia da América na pele do Tenente Dan.O mais interessante que pegou muita gente de surpresa foi o famoso Haley Joel Osment de O Sexto Sentido que interpreta o filho de Forrest Gump, pois por essa não esperavamos. Forrest Gump é um dos primeiros a utilizar tecnologia digital dramaticamente, ou seja, para ajudar a contar história. Tudo começa com uma cena poética, onde uma pena sobrevoa uma cidade, contagiada com uma emotiva trilha sonora, na qual para nos pés de Forrest Gump sentado num banco de uma praça. A partir daí até o meio do filme a história é contada por meio de flash-backs retratando sua jornada fascinante, mantendo o bom humor do começo ao fim. Forrest Gump em sua infância ele foi rejeitado por muitos, e considerado o homem idiota onde morava, mas ninguém esperava as incríveis reviravoltas e acontecimentos fantásticos que iria mudar sua vida. Ele ouvia e acreditava em tudo que as pessoas falavam, e transformava os conselhos em coisas concretas. Um exemplo disso é quando alguém pedia para ele correr, ele corria, e muito. Olha como o roteiro é bem legal: em sua infância, Gump ensinou “Elvis Presley” a dançar e descobriu um dom próprio: conseguia correr feito vento, corria tão rápido que ele foi parar na universidade para jogar futebol americano. Já em sua fase adulta, sem querer Forrest acaba participando de todos os acontecimentos importantes de seu país. Tudo lhe acontece por acidente do jeito mais inocente do mundo. Jenny (interpretada pela ótima Robin Wright Penn) foi a única pessoa que aceitou Forrest sem fazer perguntas, no entanto, é por ela que Gump se apaixona no decorrer da história. Uma parte muito emocionante que achei foi quando Jenny, a razão da vida de Forest, voltou depois de muitos anos envolvida no mundo de drogas e prostituição, os dois passam próximo a casa onde ela foi passou parte de uma infancia infeliz, pois ela sofreu todo tipo de violência nas mãos do pai. Quando ela vê o barraco, agora já uma bela jovem adulta, fica totalmente revoltada e todas as lembranças da infância horrível voltam à sua mente. Ela abaixa e pega uma pedra e a lança, com todas as forças, na direção da casa. Ela acerta uma janela que se desfaz em pedaços e atira mais e mais pedras e depois cai no chão chorando. Forrest disse a ela: "Às vezes não há pedras suficientes". Eu creio que ele quis dizer que às vezes o sofrimento é tanto, que nada há fazer para aliviá-lo, que nem mesmo a vingança apaga da nossa mente, nem toda nossa raiva resolvem a dor.

Quando sofremos, estamos muito magoados, e assim nós queremos jogar todas as pedras do mundo contra aquele lembraça terrível de quando sofremos. Pode ser uma pessoa, uma coisa, uma memória, mas como no caso de Jenny, nunca há pedra suficiente para derrubar o barraco do sofrimento. De fato, o único resultado do esforço de jogar pedras, é que caímos no chão também pois requer muito esforço. É necessário buscarmos outra saída ou solução. Um aspecto que julgo importante é que ele acreditava em Deus, em sua mãe e em Jenny. Demonstra crédito em tudo que sua mãe fala. "Mamãe explicava de um jeito que eu entendia”. Forrest é uma pessoa tão determinada e obediente, que no treinamento no exército ele bateu o recorde de montar fuzil. “Gump! Porque você montou esta arma tão rápido?” gritou o sargento impressionado com o que via, e Gump rebateu com tom de voz normal: “ Mas foi você quem pediu Senhor!”. Forrest Gump quando estava em perigo sempre lembrava da frase de sua inesquecível Janny: “Se tiver em perigo, não tente ser corajoso, só corra” O engraçado é que ele foi um herói de guerra condecorado com quatro medalhas de honra ao mérito por salvar vários soldados. E ele explicava por que corria: Quando corro eu só penso na Jenny. Tive vontade de correr”; “Na verdade eu corria para chegar aonde estava indo. Nunca achei que isto iria me levar a algum lugar”. Ele correu durante 3 anos, 2 meses, 14 dias e 16 horas, dá para acreditar!!! Há situações interessantíssimas, mostrando como Gump aprendia certas coisas. “Você sabe jogar? O segredo deste jogo é: aconteça o que acontecer, nunca, nunca mesmo, tire os olhos da bola”, foi assim que Forrest aprendeu a jogar ping-pong e foi campeão mundial. E outros momentos onde o Tenente Dan pergunta: “Você já encontrou Jesus, Gump?” e ele responde “Eu não sabia que era para procurá-lo”. O filme conquistou o espectador por ser uma fábula moral sobre a vitória de um homem. O modo como a história é contada e narrada e pelas surpresas introduzidas na trama, é que tornam Forrest Gump – O Contador de Histórias um filme brilhante.

Um dos melhores trabalhos da década de 90. Foi um fenômeno na bilheteria mundial, que até o 1997, o filme ocupava a terceira colocação nos filmes de maior rendimento da história. Na verdade essa história é uma lição de vida, quando percebemos que Forrest é consciente de sua limitação, porém nunca deixa ninguém desanimá-lo sendo persistente, perseverante um verdadeiro heroi do início ao fim da história.

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