Calendário 2010

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sábado, 18 de dezembro de 2010

Reflexão da leitura do livro, A dança do universo: Dos mitos de criação ao big-bang

                                                  
ATIVIDADE: PROJETO:  CIÊNCIA NO MUNDO: UMA
ABORDAGEM HISTÓRICA
PROFESSOR: CLÍVIO PIMENTEL
CURSISTA: GICELIA BATISTA NUNES


            A leitura do livro, A dança do universo: Dos mitos de criação ao big-bang, mudou a minha concepção em relação aos cientistas e ao estudo da ciência, pois, eu via anteriormente o cientista como um homem que queria ir além daquilo que lhe era permitido, ou seja, alguém que queria desvendar mistérios e encontrar respostas para muitos fenômenos, antes não explicados  . Mas percebo, diante da leitura realizada, que o autor Marcelo Gleiser, desmistifica essa idéia mostrando que o cientista é um colaborador da ciência para o bem estar das pessoas, compreendendo esse nosso universo como forma de explicar aquilo que ele acredita. Portanto, o fato é que o papel das ciências foi, e ainda é utilizado hoje para  provocar  reflexões acerca de assuntos outros que têm pouca ou nenhuma relação com o objeto de estudo de especialistas.
Assim, hoje acredito que,  mesmo  a ciência se baseando no experimento, que  pareça incontestável,  estes experimentos são guiados por teorias e, portanto, passíveis de erro, pois, teorias científicas  não correspondem à realidade.
.Diante disso, o cientista busca explicar/compreender o universo sem recorrer a causas sobrenaturais,, já que o conhecimento científico parte de critérios explicativos  bem diferentes para sua validação na comunidade científica. Dessa forma, os cientistas desempenham um papel importantíssimo para a humanidade trazendo o acesso a novas informações, mesmo que, em determinado momento, isso lhe custaria a própria vida, sendo por sua própria ambição de buscar uma verdade absoluta.      
            O estudo do livro nos confronta com a ciência e religião, as quais estão hoje embasadas em diferentes critérios explicativos dos fenômenos. Vale lembrar que na ciência, quando uma idéia é comprovada um erro, pode perfeitamente ser substituída por outra. Porém, o fato de algumas idéias não serem aceitas por todos os cientista é um exemplo de democracia, pois nem todos têm a mesma linha de raciocínio. E como diz Gleiser: “Teorias científicas jamais serão a verdade final: elas irão sempre evoluir e mudar, tornando-se progressivamente mais corretas e eficientes, sem chegar nunca a um estado final de perfeição.”(Gleiser, 1997, p.397). Diante disso, percebe-se que a ciência  não comprova nada definitivamente. ,
            Portanto, a religião se baseia em princípios morais básicos que são compreendidos como um ideal de conduta a ser conquistado. E, não a religião em si, mas a fé de cada um, entendida como crença em princípios morais, que, também fornece subsídios para que as atividades científicas se realizem de forma ética.   A religião sempre foi foco de discussões desde os tempos mais remotos, pois a igreja era detentora do poder e do conhecimento. Observamos que a igreja condenou a busca do conhecimento pagão, ou seja, conhecimento sobre assuntos fora da esfera da religião. Para os religiosos o barbarismo que corrompia o corpo era o mesmo que corrompia a mente; qualquer apropriação de informações através dos sentidos decerto só poderia levar à corrupção da alma.
            As diversas interpretações acabam dando margem para construção de várias verdades, todavia, a busca por informações acabam quebrando alguns paradigmas, os quais devem ser considerados.Diante disso, muitos procuram resposta nos mitos e na própria religião, outros, nas teorias científicas. Mas, o físico brasileiro Marcelo Gleiser, mostra numa linguagem bem clara, que esses dois enfoques não são tão distantes quanto imaginamos, apresentando versões de diversas culturas para o mistério da Criação. Dessa forma, há uma tendência de exaltar os cientistas como profetas modernos capazes de indicar caminhos por onde a humanidade deve trilhar. Alguns cientistas quando falam são ouvidos por muita gente através de livros, entrevistas, vídeos por conta de sua fama ou pela cátedra que ocupam. Mas, muitas vezes, ele está apenas a emitir opiniões e juízos bastante pessoais sobre assuntos que extrapolam a sua seara. Nesse aspecto, Seu ponto de vista, portanto, é tão científico quanto o de qualquer não-cientista.
            Vejo a criação do universo como um milagre realizado pelas mãos de Deus aquele que cria, que dirige e sustenta todas as coisas. A Bíblia diz lá em Romanos 1:20 “…as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas…”; Assim, acredito está muito claro. O Projeto:  Ciência no Mundo: Uma  Abordagem Histórica, tem sido muito proveitoso, pois envolve o conhecimento filosófico e também científico. Percebemos que os cientistas, trabalhando com base no paradigma da física clássica, encontraram diversas “anomalias” no que diz respeito aos estudos dos fenômenos naturais que suas teorias não davam conta de responder.
            É importante trabalhar desde as séries iniciais a noção do estudo da ciência, podendo através de uma aula expositiva ou explicativa destacar que os cientistas investigam, produzem e também criam conhecimentos, enquanto isso os alunos e professores reproduzem e re-criam esses conceitos gerados. É necessário criar situações para os alunos, que provoquem e assim apresentem problemas, com significado, capaz de despertar o interesse, mobilizá-los e motivá-los a serem pesquisadores iniciantes.  E assim, aprenderem mais sobre a vida, compreender que os seres humanos possuem diferentes olhares sobre o mundo e que a ciência não é conhecimento restrito, mas um saber humano e também cultural.

REFERÊNCIA
GLEISER, Marcelo. A dança do universo. Dos mitos de criação ao big-bang. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

domingo, 21 de novembro de 2010


RELATO DO PROJETO COM INTEGRAÇÃO DE TECNOLOGIAS

         As tecnologias têm produzido inovações no meio educacional. Assim o professor é desafiado a ousar e a alcançar o sonho de promover um ensino de boa qualidade com o auxílio das ferramentas tecnológicas nas salas de aula. Ao trabalhar o projeto Odisséia na Escola com a integração das Tecnologias, da Informação e Comunicação na sala de aula, foi visível o envolvimento e empolgação da turma. O projeto do meu grupo foi para crianças do 5º ano do Ensino Fundamental I. As atividades desenvolvidas no decorrer do projeto contribuíram para as crianças desenvolverem habilidades para as pesquisas utilizando fontes da internet, manuseio da câmera digital e apresentação em público.
    A participação dos alunos nas atividades propostas se deu de forma mais efetiva, havendo um bom desempenho e desenvolvimento pessoal dos alunos, além da integração entre alunos e docente. Além disso, percebe-se que essas crianças, hoje, sentem-se motivados, participativos e desenvolveram habilidades em comunicação virtual, oral e escrita.
  Utilizamos de diversas estratégias no desenvolvimento deste projeto, como: Exibição do filme A Odisséia; Apresentação de Slide sobre os deuses e mitos da história; Pesquisas e leitura da história na internet; Interpretações orais e escritas da história lida; Estudos de vocabulários desconhecido presentes na história;  Realização de rodas de leitura envolvendo conto e reconto (oral;  Dramatizações da história trabalhada com os alunos; Colcha de retalhos:   Montagem de um mural no formato de uma colcha de retalhos, onde cada retalho seja o aspecto lido no dia do livro de Ruth Rocha, só que retratado por desenhos;   Mapa literário: Uso da cartografia e os referenciais cartesianos e montar um mapa da trajetória feita por Ulisses; Navegando na História: Desenho de círculos no chão da sala. Quatro círculos com algumas características do capítulo lido e um círculo maior e em branco. Todos os alunos entrarão no circulo em branco e irá passar para os outros depois que pagar um preço, que será falar um pouco sobre o que está em cada embarcação (círculo). As crianças serão incentivadas a falar sobre cada tópico apresentado.
   Com o resultado desse trabalho, percebo que há inúmeras estratégias pedagógicas que podemos desenvolver com nossos alunos, utilizando-se de softwares educativos, World Wilde Web, ambientes síncronos (chats, MSN, Videoconferência) e assíncronos (e-mail, grupos de discussão, correio eletrônico, Orkut e etc.). Percebemos também, que a busca por novas metodologias em nossas aulas, enriqueceu bastante nossa prática educativa e assim, os conteúdos trabalhados  tornam mais significativos
     São esses desafios, que impulsionam docentes ao propósito de se tornar um professor criador, inovador, construtivo e realizado. Entretanto, o processo da aprendizagem com o uso das tecnologias na sala de aula nos coloca diante de novos questionamentos ao percebermos as diferentes realidades brasileiras e, mais especificamente, as peculiaridades de um bairro periférico, como é o caso bairro Paraíso.         

quarta-feira, 3 de novembro de 2010


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
 ENSINO FUNDAMENTAL /SÉRIES INICIAIS
PROFESSORA: MARISTELA MIDLEJ
CURSISTA: GICELIA BATISTA

TECNOLOGIAS: PROPORCIONANDO  UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA  NA ESCOLA

            A escola é considerada como um espaço  privilegiado de socialização. Espaço esse onde acontecem as trocas expressivas, pois é na interação com o mundo e  também com o outro, que construímos nossos conhecimentos, desenvolvemos valores, adquirimos hábitos e atitudes imprescindível para a formação do nosso caráter e personalidade. Portanto, além da família, a escola é um dos agentes responsáveis para inserir a criança na sociedade. Ela é capaz de contribuir para o bom desenvolvimento social adequado da criança, por meio das atividades realizadas em grupo, desenvolvendo a capacidade de relacionamento e participação ativa. Assim, a escola é uma instituição, na qual surge, historicamente, com o papel de socializar conhecimentos e desenvolver atividades que promovem o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos acerca de questões que lhes possibilitam viver de forma ativa e participativa na sociedade.
             A cada dia tem  se discutido bastante a acerca do uso das tecnologias na escola. Percebe-se que grande tem sido os investimentos dos estados para informatizar todas as escolas públicas, porém pouco tem sido os investimentos em proporcionar momentos de estudos e debates sobre os usos pedagógicos desses recursos em sala de aula. Estamos vivendo momentos em que toda a sociedade corre para se reestruturar e atender as demandas atuais ligados a evolução tecnológica.  Por isso, a escola não pode ficar para trás, mas, precisa rever e repensar sua prática para não perder a chance de usar a internet em prol da transformação, estimulando o aluno a produzir conteúdos.
            É necessário deixar claro no projeto político pedagógico da escola, como está organizado o trabalho com a tecnologia e também, como funciona a sala de informática. Sabe-se que é papel da escola oferecer uma metodologia adequada e envolvente para seus alunos com o objetivo de proporcioná-los uma aprendizagem significativa. Quando desenvolvemos o hábito de trabalhar com tais recursos da tecnologia na sala de aula, descobrimos que podemos usá-los para ensinar melhor qualquer conteúdo e isso de uma forma prazerosa.  Por tanto, quando a escola incorpora a aceleração do tempo, do espaço, a colaboração e a interatividade que a internet oferece, essa tecnologia  pode ir muito além, fazendo algo realmente  inovador.
            Assim, com o passar do tempo, as boas lembranças que devemos levar da escola, é extremamente importante que sejam referentes a atividades que envolvem a socialização, interação e o trabalho colaborativo, isto é, na relação com os colegas, que sejam justamente as atividades lúdicas, atraentes e dinâmicas. Dessa forma, a internet possibilita esse trabalho, porém, a minoria dos professores usuários sabe manipular esses recursos de forma pedagógica. A Internet nos proporciona a construção de um trabalho conjunto entre professores e alunos, seja presencial (real) ou virtual, pois, ela nos oferece hoje, inúmeros recursos que combinam socialização e interação, por meio de listas de discussão, fóruns, comunidades, chats, orkuts, blogs, MSN, entre outros.


quinta-feira, 10 de junho de 2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010


Educação e Cibercultura foi mais um curso que participei no decorrer desse ciclo. Uma das atividades que me surpreendeu na forma pela qual foi ministrada. A professora Maristela Midlej, nos proporcionou aulas dinâmicas e atraentes, fazendo com que todos os cursistas participassem com prazer e entusiasmo. Vários temas foram discutidos no decorrer da atividade como: Hipertexto, interação,  interatividade entre outros. Portanto, o hipertexto é considerado como um instrumento bem adaptado a essa pedagogia atual. A partir dele podemos perceber que surgi novas formas de conhecimento. Com esse estudo percebe-se que o homem apreende a realidade por meio de uma rede de aprendizagem colaboração em que cada pessoa ajuda o outro a desenvolver-se, isso, ao mesmo tempo em que também ele  se desenvolve. Como diz (Freire, 1993, p. 9) "Ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados  pelo mundo"  Portanto, todos aprendem juntos e em colaboração, isso através da interação. Lemos afirma que:
A interatividade digital caminha para a superação das barreiras físicas entre os agentes (homens e máquinas), e para uma interação cada vez maior do usuário com as informações, e não com objetos no sentido físico. [...] Essa nova qualidade da interatividade (“eletrônico-digital”), como os computadores e o ciberespaço, vai afetar de forma radical a relação entre o sujeito e o objeto na contemporaneidade. (LEMOS, 2007)

            Entretanto, a interatividade é uma forma de comunicação, em que o emissor passa a mensagem para o receptor, e assim não mais é um ser passivo, mais se tornar ativo no sentido que lhe é permitido uma forma de participação socializando experiências vividas de forma colaborativa e colaboração.
Se as pessoas estiverem abertas e utilizarem a interatividade para comunicar-se, para que então venham interagir melhor, com certeza terá um bom êxito com um excelente desenvolvimento. Assim é necessário que o professor utiliza-se dessa ação docente inovadora para contemplar utilização em suas aulas dos diversos recursos tecnológicos disponíveis, em especial os computadores e a rede de informação.  Recebemos na Escola Municipal Paraíso 18 computadores, 01 impressora pelo Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO).  Sendo ele um projeto que visa promover o uso pedagógico de tecnologias da informação relacionadas a conteúdos educacionais nas escolas públicas de todo o Brasil disseminando assim a cultura digital.   Para isso, o programa atua em duas frentes: equipando as escolas com tecnologias da informação e capacitando professores para fazer o uso adequado dos recursos no processo ensino-aprendizagem. Portanto, cabe aos professores e aos alunos participar de um processo conjunto para aprender de forma criativa e dinâmica que tenha como essência o diálogo e a descoberta.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Educação e Cibercultura


Navegando em rumo à descoberta das Às Redes de Aprendizagem Colaborativa

Reflexão


Ao navegar por diversos sites em busca de material sobre “As Rede de Aprendizagem Colaborativa” me fez refletir sobre as diversas possibilidades de aprendizagem que temos hoje. Há muito  tempo se ouve falar que a nossa  educação brasileira necessita de mudanças para podermos avançar a cada dia e até mesmo sobrevivermos  na sociedade da informação e comunicação em que estamos inseridos. Portanto, para isso os profissionais de educação precisam mudar a forma pensar a educação, de ensinar e também de aprender, assim, necessita assumir um papel ativo no processo de aprendizagem, enquanto o educador necessita assumir outras funções, como a de orientador da aprendizagem.
Como diz o poeta e professor Marcus Vinicius.Quem navega à deriva Acredita que há mares miragens, portos inesperados, ilhas flutuantes, botes e salva-vidas Água potável, aves voando sobre a terra, vertigemQuando saímos a navegar temos um objetivo de onde chegar, portanto, no momento da busca muitas vezes fantasiamos e outras vezes nos surpreendemos com o material encontrado que muitas das vezes conseguimos além do que procuramos. É necessário ousarmos a enfrentar novos e inesperados portos para adquirirmos experiências, com as possíveis surpresas alcançadas.

domingo, 23 de maio de 2010

O que é ler? Para que ler?



Compreendo que ler é um exercício de reflexão, indagação, compreensão e identificação de símbolos e sinais.  Considero o hábito de ler, como um dos meios pelo qual o indivíduo mantém se informado, sendo ela uma atividade interativa. Ler, no sentido bem profundo da palavra, é também para apreender o que está escrito, refletindo e questionando, ou seja, "viajar” no imaginário com o livro ou texto.
Ler também é atribuir sentido ao texto, relacionando assim com o contexto e com as experiências iniciais  do leitor, assim a leitura é um processo que se evidencia através da interação entre os diversos níveis de conhecimento do leitor, seja ele do conhecimento lingüístico, conhecimento textual e também do conhecimento de mundo.
Ler para enriquecer o vocabulário, para aumentar a capacidade de argumentação, desenvolvimento da linguagem, criatividade, de rapidez de raciocínio, e também para facilitar a escrita, compreender melhor aquilo que está escrito e consequentemente facilitar a  produção de síntese e a exposição de idéias.

domingo, 6 de dezembro de 2009

GEAC TENSÕES NA ESCOLA/COMO ME VEJO NA ESCOLA EM QUE TRABALHO.....




























                                   DE BRAÇOS ABERTOS: A SERVIÇO DA EDUCAÇÃO


Quando estou na Escola Paraíso, simplesmente me entrego de corpo e alma. Abro os braços, deixo que todos se apoderem de mim, surpreendo-me constantemente com os sopros de verdade que solta dos olhos das crianças, vibro, choro, acolho essa verdade para alimentar meu espírito, meu coração...

Às vezes sou materna. Faço da minha trajetória, um vasto cam
inho de solidariedade, o propósito é fazer com que esses pequenos sonhem com dias iluminados, frutíferos, contagiantes. Nem sempre consigo o que me proponho a fazer. A inquietude, a frustração bate na porta, invadem esse espaço coletivo e deixa-me de mãos atadas.
Sou um misto de tudo. Passeio por todas as dependências da escola, arregaço as mangas, pois, meu, propósito é trabalhar em prol da qualidade da escola e da satisfação dos alunos e funcionários. Orgulho-me de ser parte dessa família que, compromissada realiza suas tarefas com carinho, e mesmo quando indignados não deixam seus semblantes decair.
Aprendo todos os dias, me encanta as lições. Todos aprendem, alguns ensinam, outros se fecham em seu mundo tímido, mas, todos divulgam através de seus olhares, de suas ações, de suas palavras os significados dessa extensão esplendida chamada educação. Somos um livro de muitas páginas, cada uma trás novidades, segredos, estratégias, desejos, verdades... Penso que na Escola Paraíso, sou uma estrela iluminada, meu propósito, minha missão é espalhar luz, confiança e sonhos nos corações daqueles que pensam em desistir da luta diária que nos faz cada vez maiores e melhores.
Esta areia sólida que sustenta meus pés, a todo o momento me oferece forças para lutar em prol de todos que compõe a comunidade escolar da Escola Paraíso. Esse céu iluminado, cheio de vida abre meu coração para novas descobertas. Esse mar extenso de mistérios, me dar a certeza de que na vida o que realmente vale a pena, é a nossa capacidade de sonhar e lutar para esses sonhos um dia se torne realidade

terça-feira, 24 de novembro de 2009

PROJETO PARAÍSO DIGITAL

INTRODUÇÃO


A solução para um acesso amplo e uso

global das novas tecnologias parece ainda

pertencer ao futuro, com a diferença que

apesar de todas as suas potencialidades e

contradições, os autores desta nova revolução

seremos todos nós (Lojkine, 1998)



O analfabetismo digital a que estão submetidos atualmente as famílias brasileiras, especificamente as de bairros periféricos, como é o caso do bairro Paraíso, em Irecê-Ba, tem sido um dos principais fatores para a exclusão social. Nesse sentido, a exclusão digital se apresenta como um dos mais desafiadores e discutíveis problemas nas periferias de Irecê.

A inclusão digital dos cidadãos menos favorecidos dessa comunidade, possibilitará a melhoria da qualidade de vida, à medida que oferece a estas pessoas o acesso ao conhecimento e a construção deste. A tecnologia e a conectividade são importantes, porém não suficientes para o bom andamento do processo de inclusão digital, não somente em aspectos técnicos de informação e comunicação, mas também os usos estratégicos das tecnologias digitais para a mudança e a inserção desses cidadãos na sociedade hoje considerada digital..

Entretanto, “uma definição mínima de inclusão digital passa pelo ingresso ao computador e aos conhecimentos básicos para utilizá-lo” (SILVEIRA, 2005, p. 403). E assim, novos conceitos vão ampliando a noção de inclusão digital e levam ao acesso à rede mundial de computadores. Diante dessa situação, Silveira (2005, p. 422) defende que “um computador desconectado tem uma utilidade extremamente restrita na era da informação”, ou seja, será apenas um substituto dos materiais usados para outros fins, como livros, cadernos, quadros etc. A Internet é um mecanismo indispensável para esse processo, pois, sem a conexão com a internet o computador se porta como uma mera máquina de escrever ou seu substituto.

Segundo Castells (2003), “desenvolvimento sem a internet seria o equivalente à industrialização sem eletricidade na era industrial”. Os centros de inclusão digital comunitários são iniciativas que utilizam tecnologias digitais como instrumento para o desenvolvimento humano e inclusão digital em uma comunidade, com ênfase no uso e na apropriação das tecnologias em função de um projeto de transformação social para melhorar as condições de vida das pessoas e a sua maneira de pensar. São também, locais de encontro e intercâmbio, espaços de aprendizagem, crescimento pessoal e mobilização para resolver problemas e necessidades da comunidade, assim sendo, não seria diferente com o Projeto Paraíso Digital, no qual procuramos viabilizar e democratizar uso da internet em prol de uma aprendizagem mais significativa dos alunos que precisam usar a internet, bem como da comunidade no acesso a internet para uso de e-mails.

O Ministério das Comunicações elaborou um Plano Nacional de Cidades Digitais para levar banda larga a todo o país. O objetivo é articular ações de inclusão digital, levando acesso à internet para toda a população em cinco anos (LEMOS, 2008). No entanto, desde meados dos anos 90, esse processo de cidades digitais vem crescendo a cada dia. Irecê tem dado um passo significativo nesta questão, passando por esse processo de cidade digital, já com algumas ações a se desenvolverem. Hoje, nossa perspectiva é ver nossa cidade ser chamada cidade digital livre, na qual as crianças, jovens e adultos possam ser livres para usufruir da tecnologia de informação e comunicação, aprendendo e interagindo constantemente, não apenas como consumidor, mas como produtor de conhecimento. E para a comunidade do bairro Paraíso esse projeto é a chave para abrir as portas da inclusão digital.

Atualmente, o acesso a informação e ao conhecimento assume um papel de destaque entre as pessoas, hoje, mais do que nunca. Nesta sociedade que se delineia, saber utilizar as TIC e entre elas a internet, em beneficio próprio e de sua comunidade é o primeiro passo para inclusão na sociedade da informação. Contudo, além de dominar as TIC, é preciso saber buscar, selecionar, criticar e aplicar a informação na construção de novos conhecimentos.


JUSTIFICATIVA


O Bairro Paraíso é um conjunto habitacional, financiado pela Caixa Econômica Federal, em parceria com o governo do estado. A população recebeu as casas prontas com a condição de pagamento em pequenas parcelas, compatíveis com a classe sócio-econômica dos contemplados. O bairro está localizada à três quilômetros do centro da cidade de Irecê, bairro residencial, contendo apenas uma escola, posto de saúde familiar, pequenos supermercados e algumas igrejas evangélicas. Entre os maiores problemas que afetam essa comunidade, podemos destacar as precárias condições de vida, auto-estima baixa devido a pobreza, ao elevado índice de analfabetismo e a falta de apoio e incentivo, por parte do serviço social local, como também o consumo de drogas entre jovens e adolescentes.

Com o crescimento da população, surgiram algumas construções de forma irregular em áreas verdes, modificando a paisagem urbana e prejudicando, assim, a qualidade de vida das pessoas que ali vivem. A comunidade ainda se encontra bastante desprovidas das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação). Muitas das crianças, jovens e adolescentes que moram no bairro, apesar de terem uma família, estão em situação de risco, pois apresentam fatores que consideramos de risco que são: Maus-tratos, gravidez na adolescência, prostituição infantil, droga, estupro, alcoolismo, dificuldades de aprendizagem, famílias desestruturadas, trabalho infantil, etc.

Percebe-se que, apesar desses fatores, eles apresentam expectativas e sonhos de adquirir um trabalho, continuar estudando, ter uma família estruturada, uma boa situação econômica e ter uma profissão. Sabemos que o que lhes falta é mesmo a oportunidade e o incentivo de informação, não só por parte do lar que convivem, mas por parte dos representantes políticos que precisam elaborar políticas públicas consistentes que atendam com eficácia os anseios desses jovens. A inclusão digital nestes casos passa a ser também, uma inclusão social, pois com a implantação deste projeto, estaremos oferecendo uma ocupação aos alunos e demais pessoas da comunidade, por meio da tecnologia, promovendo capacitação com instrutores do Ponto de Cultura para os jovens e adolescentes dessa comunidade, incentivo ao uso de espaços virtuais como e-mails, blogs, bem como também aprenderem a pesquisar, extraindo informações e construindo conhecimento, uma vez que a informação fica entre os pólos do saber e do conhecimento.

É cada vez mais notória a necessidade de inclusão digital no bairro paraíso, uma vez que a distancia de 3 km para a cidade ou para o ponto de cultura mais próximo (escola Marcionílio Rosa) tornam-se obstáculos que impedem a inserção desse cidadão no mundo digital. As novas tecnologias ocuparam espaço e os indivíduos sentem-se cada vez mais incapazes de atuarem quando não as conhecem, portanto faz-se necessário o envolvimento das pessoas na construção de novos conhecimentos, operando essas tecnologias. Por considerarmos a Inclusão Digital como um processo, a estratégia inicial é elaborar e encaminhar as autoridades municipais este projeto para a implantação e viabilização do mesmo, uma vez que não há problemas de conectividade, tendo em vista que a comunidade citada acima dispõe de um bom sinal de conexão de internet via rádio e a Escola Municipal Paraíso também já foi contemplado com a internet banda larga. O que precisamos mesmo para a execução deste projeto é o seu custeio financeiro, por isso segue também uma planilha de custo.


OBJETIVO GERAL

O objetivo do projeto é proporcionar à população do bairro Paraíso a inclusão digital, através da implantação do Centro de Inclusão “Paraíso Digital”, que será equipado com computadores, impressoras e com acesso à internet.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

* Democratizar acesso à comunicação no bairro Paraíso, com a instalação de 15 computadores, democratizando o acesso à comunicação e informação com a utilização de software livre

* Complementar o trabalho didático-pedagógico, principalmente aos alunos da rede pública de ensino e moradores do bairro, através do incentivo à pesquisa virtual.

* Contribuir com a melhoria da qualidade da educação básica apoiando o trabalho didático da escola em prol do sujeito que vai usufruir deste projeto.

* Divulgar a importância da Informática e sua utilização na vida diária incentivando a abertura de e-mails e blogs.

* Tornar acessível a comunicação via “e-mail” (correio eletrônico) ao público em geral da comunidade para propiciar a adaptação às novidades tecnológicas;

* Oferecer gratuitamente serviços de informática e telecomunicações, para o desenvolvimento social, econômico e educacional da comunidade inserida no projeto

* Proporcionar novas metodologias de aprendizagem apoiando os professores na adequação do planejamento de aula.

* Apoiar os jovens do bairro Paraíso na construção de conhecimento, facilitando assim a sua inserção para o mercado de trabalho.

* Contribuir para o crescimento intelectual, moral, ético e cidadã dos alunos residentes no bairro Paraíso, inserindo atividades nos planejamento e execução do projeto ‘Paraíso Digital'.


METODOLOGIA

O Projeto Paraíso Digital será um espaço público, onde a cultura, a informação, a educação, o espírito coletivo, estarão sendo repassados para a população local, com o intuito de fortalecer a inclusão digital. O projeto terá como parcerias para sua sustentabilidade, a Prefeitura Municipal de Irecê, providenciando o espaço, computadores, mobiliários e, água, energia e internet.

O Ponto de Cultura Anísio Teixeira, oferecerá a manutenção e formação de agentes que ajudarão no desenvolvimento das atividades oferecidas, bem como técnicas (manutenção de micros, instalação de software etc.) ou para abertura de e-mails e blogs, promovendo oficinas e palestras. Lembrando que estes agentes serão pessoas voluntárias, não recebendo nenhum ônus pelo serviço, porque eles estarão fazendo isso através dos cursos que receberão via oficinas oferecidas pelo Ponto de Cultura.

Será oferecido acesso gratuito à internet via rádio ou banda larga para comunidade Paraíso, proporcionando aos usuários o domínio do uso do e-mail, das ferramentas de busca, através do plataforma livre, sendo capacitados e criando uma cultura do uso da internet, desmistificando o uso do computador, do navegador e dos programas de e-mail como meros consumidores. Todo trabalho será através agendamentos organizados pelos agentes, estipulando dias e horários de acordo com disponibilidade de vagas, tudo com o apoio do Ponto de Cultura .

Será necessário para a execução deste projeto uma reunião mediante ofício previamente orientado e encaminhado a Secretaria de Planejamento Orçamentário para a sua apresentação e a possível ajuda financeira, bem como mostrar para o Secretário que a viabilização deste projeto só será possível com apoio financeiro da prefeitura.

A execução e viabilização deste projeto desencadearão um trabalho de democratização ao acesso livre da comunidade.


PLANILHA DE CUSTO IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE INCLUSÃO DIGITAL NO BAIRRO PARAÍSO- MUNICÍPIO DE IRECÊ - BA


Descrição

Quant.

Valor Unit.

Total

Computadores

15

R$ 1.300,00

R$ 19.500,00

Estabilizadores

15

R$ 50,00

R$ 750,00

Bancadas

02

R$ 1.200,00

R$ 2.400,00

Cadeiras giratórias

15

R$ 130.00

R$ .950,00

Blocos

3.000

R$ 0,30

R$ 900,00

Sacos cimento

40

R$ 20,00

R$ 800,00

Caçamba de areia fina

01

R$ 400,00

R$ 400,00

Vergalhões

15

R$ 10,00

R$ 50,00

Telhas

1500

R$ 0,30

R$ 450,00

Linhas

06

R$ 20,00

R$ 180,00

Caibros

30

R$ 3,00

R$ 90,00

Metros de ferro

20

R$ 20,00

R$ 400,00

Padrão de energia

01

R$ 150,00

R$ 150,00

Padrão p/ àgua

01

R$ 120,00

R$ 120,00

Bebedouro

01

R$ 550,00

R$ 550,00

Cabo elétrico (estimado)

200

R$ 0,93

R$ 186,00

Aterramento (varão+ conector)

05

R$ 19,50

R$ 97,50

Conectores RJ45

50

R$ 0,53

R$ 26,50

Tomada elétrica

15

R$ 6,80

R$ 102,00

Aparelho de Ar Condicionado

02

R$ 1.100,00

R$ 2.200,00

Mão-de-obra (instalação)

01

R$ 300,00

R$ 300,00

Mão-de-obra (construção)

40

R$ 35,00

R$ 1.400,00

Guia de cabos

01

R$ 10,00

R$ 10,00

Impressora

01

R$ 560,00

R$ 560,00


Papel oficio

01 cx

R$ 126,00

R$126,00


Recarga

12

R$ 41,00

R$ 492,00


TOTAL



R$33.110,00











ATIVIDADES


* Construir uma sala com banheiro para a instalação do centro de inclusão digital no terreno público pertencente ao espaço da Escola Paraíso;

* Providenciar os computadores, aparelhos de ar condicionado e móveis, (mesas e cadeiras) para instalação do Paraíso Digital;

* Garantir a instalação, manutenção e o fornecimento de energia elétrica para funcionamento dos equipamentos. Assim como a limpeza do local, que será feita diariamente por um funcionário da escola;

* Organizar o trabalho de gerenciamento junto aos agentes capacitados pelas oficinas para manutenção e coordenação do Paraíso Digital;

* Organizar um Cronograma das atividades a serem realizadas e/ou desenvolvidas apoiadas pelo Ponto de Cultura e os seus respectivos responsáveis;

* Convocar através de oficio os responsáveis pela Secretaria de Planejamento Orçamentária para a apresentação do projeto e apoio financeiro;

* Apresentar planilha de custo para o secretário de planejamento orçamentário;

* Apresentar o projeto para comunidade do bairro paraíso;

* Organizar junto com a população da comunidade, o planejamento dos dias e horários de atividades e acessos livre;


REFERÊNCIAS


CASTELLS, M. A galáxia da Internet, reflexões sobre a Internet, os negócios e a

Sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

LEMOS A. L. M. O que é Cidade Digital. Guia das Cidades Digitais, Rio de Janeiro, 10 fev. 2008. Disponível em: http://www.guiadascidadesdigitais.com.br/site/pagina/o-que-cidade-digital. Acesso 12/10/09

SILVEIRA, S. A. Inclusão digital, software livre e globalização contra-egemônica. In: Seminário temático para 3ª Conferencia Nacional de C, T&I, num. 20, junho 2005. Disponível em: http://www.fortium.com.br/faculdadefortium.com.br/arquimedes_

belo/material/inclusao_digital.pdf. Acesso 12/10/09